A Edunila e a Editora Ufpr estão na final do 9º Prêmio Abeu, que é realizado desde 2015 pela Associação Brasileira das Editoras Universitárias (Abeu). Ou seja, são casas editoriais ligadas a instituições de ensino superior.
No caso da Edunila, que é a editora da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), o livro “Guia etnotaxonômico ilustrado das abelhas sem ferrão da Tríplice Fronteira (Argentina, Paraguai, Brasil)”, de Fernando Zamudio e Leopoldo J. Alvarez, é finalista na categoria Ciências Naturais e Matemáticas.
Lançado em 2022, trata-se de um guia de 167 páginas que permitirá a identificação das espécies/etnoespécies de abelhas sem ferrão encontradas na natureza em uma região que se pode definir como Tríplice Fronteira. “Esta obra vem ao encontro da sociedade e da natureza com a ideia de introduzir os leitores no mundo de um grupo de insetos intrigantes desde uma perspectiva partilhada, que busca o diálogo entre diferentes olhares e reflete tanto o conhecimento das pessoas locais como o dos pesquisadores das ciências naturais sobre as abelhas sem ferrão da região da Tríplice Fronteira (Argentina, Brasil e Paraguai)”, diz a descrição.

Já a Editora Ufpr, da Universidade Federal do Paraná, emplacou duas obras. Uma delas é “História da Gramática” (2022, 529 páginas), de José Borges Neto, em Linguística, Letras e Artes. Segundo a sinopse: a proposta deste livro “se justifica pela necessidade de termos uma exposição, em suas linhas gerais, da teoria que sustenta a gramática escolar, assim como de sua história, que venha a dar suporte ao professor de português (e ao estudante de Letras) que, por desconhecer outras teorias ou por, deliberadamente, optar por conduzir sua reflexão linguística a partir dos balizamentos propostos na gramática escolar, pretenda usá-la como guia para a reflexão metalinguística na escola (ou nos cursos de Letras)”.

Outra é “As diferentes moradas das palavras: contos de escritoras em tradução” (2022, 143 páginas), com traduções de Deborah Raymann de Souza, Gisele Eberspächer, Luiz Abdala Jr., Maria Antônia Alves Meyer, Bianca Claudino, Ana Paula Shiguemoto, Everton Mitherhofer Bernardes e Fernanda Cristina Lopes.
“…é o tipo de livro que habita na possibilidade, como diz um verso da poeta estadunidense Emily Dickinson. Não apenas porque os contos tratam das mais diversas noções de casa – em lugares geográficos e de enunciação diferentes –, mas porque as pessoas que trabalharam na tradução também tiveram que negociar com seus corpos de leitoras e leitores, em determinadas línguas-fonte, e passaram a habitar as narrativas em vias de tradução”, diz o material de divulgação.

Prêmio
Realizado desde 2015, a premiação foi instituída para distinguir as melhores edições universitárias no âmbito do conhecimento científico e acadêmico, bem como para realçar o projeto gráfico e a tradução acuradas.
A ordem classificatória de cada uma das 9 categorias será conhecida em uma cerimônia que ocorre no dia 17 de novembro, das 18h às 21h, no teatro do Unibes Cultural, em São Paulo (SP), à Rua Oscar Freire, 2500.
Para a edição de 2023 houve a adição de uma nova categoria: Literatura Infantojuvenil. A premiação vai reconhecer livros voltados aos leitores mais novos, mas que ainda mantenham o foco em assuntos científicos.