‘É sempre uma troca muito rica’, diz Carol Panesi, oficineira do Femucic 2025

Carol Panesi conduz oficina no Sesc Maringá (Crédito: Cristiano Martinez)

Até sábado, 6 setembro, a premiada multi-instrumentista e compositora Carol Panesi cumpre agenda em Maringá durante o Femucic – Festival de Música Cidade Canção, que está em sua 46ª edição com oficinas na primeira semana de ação no Sesc Maringá.

Com influências de nomes como Itiberê Zwarg e Hermeto Pascoal, Carol trilhou sua história na música brasileira, ou melhor, Universal, produzindo cinco álbuns autorais, todos com sua identidade própria. Agora, esse conhecimento chega até a Cidade Canção, onde ela conduz deste esta terça-feira, 2, duas oficinas na unidade maringaense do Sesc. Sempre com sala lotada.

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Conhecendo Maringá pela primeira vez, Carol há muito tempo tem experiência nesse tipo de atividade formativa. Em terras vermelhas, ela pôde trabalhar com um grupo bastante heterogêneo no primeiro dia, indo do iniciante no instrumento a músicos profissionais. Inclusive, com bastante diferença de idade entre os inscritos, destacando os jovens e alunos do Centro de Difusão Musical (CDM); além dos interessados sem relação com o Sesc, pois as inscrições gratuitas eram abertas a toda comunidade.

“É sempre uma troca muito rica. Eu sempre aprendo muito, sempre recebo muito. Quando você ensina, está recebendo muito”, diz, em entrevista à reportagem, pouco antes de começar a oficina “Música Universal – Criação e Prática Musical”, na noite desta terça. Aliás, Carol contou aos presentes que vem da escola da Música Universal de Hermeto Pascoal, um dos mais criativos e invetivos compositores e arranjadores da cena musical brasileira. “Eu comecei com o Itiberê Zwarg, que é baixista do Hermeto. Eu lembro da primeira vez que eu entrei na oficina, quando tinha 17 anos de idade. Muitos aqui, hoje [terça-feira], eram mais novos do que eu era na minha época”.

Em sintonia com o que aprendeu na escola de Zwarg e Pascoal, além da própria vivência, Carol conta que, na oficina do Sesc, a composição é feita na hora, trabalhando com o material humano. A reportagem acompanhou uma parte da atividade noturna e a oficineira fez um trabalho totalmente prático, criando e sentindo o que seu público poderia reagir. “A gente vai trabalhando os conceitos, os sotaques que vão aparecendo”, diz Carol, dizendo que está animada com essa semana de imersão.

Público da oficina varia de iniciantes no instrumento a músicos profissionais (Crédito: Cristiano Martinez)

Show com professores e alunos
No sábado, 6, às 20h, está programado como atração do Femucic 2025, no palco do Teatro Sesc Maringá, o show com os professores e alunos dessas oficinas – o compositor, arranjador e multi-instrumentista André Siqueira é outro oficineiro em atividade no evento. É exclusivo para quem possui a Credencial Plena do Sesc (trabalhadores comércio, dependentes e empresários) – a entrada é feita mediante doação de 2 kg de alimentos não perecíveis.

“É muito provável que a gente consiga elaborar uma peça e que dê para apresentar no sábado”, explica Carol Panesi. Mas ressalta que ainda dependerá do andamento das oficinas, pois muitos participantes não podem comparecer a todos os dias de trabalho.

Em todo o caso, nesse dia do show deverá haver apresentações solos dos oficineiros e também em duo. Carol explica que, em algum momento desta semana, ocorrerá ensaio com Siqueira, que é compositor, arranjador e multi-instrumentista. Ele conduz a oficina “Harmonia e Improvisação – Guitarra, Violão e Contrabaixo” no Femucic 2025.

Ao longo de sua carreira, Carol já tocou em parcerias, caso do guitarrista Fabio Leal no EP “Duo Repicado”, lançado em maio de 2025. Fora o fato de que quando não viaja com sua banda, organiza-se com os músicos locais. É o caso de Maringá, onde está na expectativa de tocar com Siqueira. Na case, a multi-instrumentista trouxe seu violino. “Eu vi que ele [André] tem repertório de vilão solo, então a gente pode dar uma diversificada”.

Crédito: Cristiano Martinez
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