A editora independente Lorentz (https://editoralorentz.com.br/) está de volta ao mundo de suspense e horror dos fumetti (como são chamados os quadrinhos na Itália) de Dylan Dog, o Investigador do Pesadelo. Criado por Tiziano Sclavi, o personagem começou a ser publicado em 1986 pela Sergio Bonelli Editore (a mesma que edita até hoje Tex e Zagor).
Sediada no Rio Grande do Sul, a Lorentz já havia publicado uma trilogia de Dylan Dog em 2017, após as histórias desse investigador ficarem anos fora do mercado brasileiro. Em seguida, a Mythos lançou uma revista periódica com o personagem – hoje já passou do número 40 -, além de volumes especiais.
Mas é a casa gaúcha, um empreendimento familiar, que tem o mérito de recolocar a cultuada criação de Sclavi no radar do leitor/leitora tupiniquim.
Não por sinal, a Lorentz escolheu a fase de ouro do quadrinista italiano com a série bonelliana para publicar em “Dylan Dog Especial 1”, que reúne duas histórias inéditas (“O Clube do Terror” e “Os Horrores de Outroquando”) e duas Enciclopédias do Medo (“O Horror de A a Z” e “O Diabo de A a Z”) em sua integralidade. O fumetto está em campanha no Catarse (www.catarse.me/dylandog).
A edição terá aproximadamente 300 páginas, capa dura, formato italiano, papel offset 120gr e tradução de Paulo Guanaes.
Em junho de 1987, as bancas italianas testemunhavam a chegada de um novo capítulo na história de Dylan Dog: “O Clube do Terror”. Tratava-se do primeiro volume fora da série regular, escrito por Tiziano Sclavi e ilustrado por Corrado Roi. A edição inaugural da série “Dylan Dog Speciale” trouxe uma sucessão de novidades: 132 páginas, a Enciclopédia do Medo e uma história que parecia selecionada para uma ocasião especial. E a experiência para além da série regular foi muito bem-sucedida: com texto e desenhos carregados de suspense, terror e ironia fina, foi de pronto aclamada pelo público.
Um ano depois, a expectativa crescia com a chegada do “Speciale 2: Gli Orrori d’Altroquando”. Mantendo a mesma fórmula – 132 páginas e uma nova Enciclopédia do Medo –, a tarefa de superar o aclamado primeiro volume parecia desafiadora. “Que nada. Ali, a história estava sendo feita: a improvável dupla entre Tiziano Sclavi e Attilio Micheluzzi resultou num Dylan Dog improvável. O mix de pequenas histórias – que saltavam do grotesco ao existencialismo no espaço de uma vinheta – não apenas impressionou, mas se tornou um clássico instantâneo, eternizado nos anais do fumetto italiano”, diz a campanha da Lorentz.
As tais Enciclopédias do Medo são pequenos livretos produzido pelo staff bonelliano que representam um verdadeiro mergulho na cultura do terror e enriquecem ainda mais a experiência de leitura.
‘As Vozes na Água’
Além das aventuras de Dylan Dog, o leitor brasileiro também pode encampar a publicação de “As Vozes da Água”, de Tiziano Sclavi e Werther Dell’Edera. É no estilo graphic novel, com cerca de 100 páginas, capa dura, papel offset de alta gramatura, formato 16x24cm e tradução de Paulo Guanaes.
Segundo a campanha, em outubro de 2018 uma notícia chocante virou o mundo dos quadrinhos italianos de cabeça para baixo: Tiziano Sclavi iria abandonar a aposentadoria para lançar um novo trabalho. Mais do que um simples quadrinho, Sclavi faria sua incursão no estilo graphic novel, acompanhado de Werther Dell’Edera.
Lançada em janeiro de 2019 pela Feltrinelli, “Le Voci Dell’Acqua” (título original) conta a história de Stavros, um simples empregado de uma companhia de seguros, que, equilibrado entre alucinações e a amarga consciência de sua condição de perdedor, recebe o diagnóstico de esquizofrenia. O motivo? Ele ouve vozes. Mas só as ouve quando encosta na água.
Atordoado, Stavros torna-se o protagonista de uma história em ruínas que, ao melhor estilo sclaviano, oferece um fino trato da intimidade em face aos absurdos do mundo lá fora. Uma obra para ler, reler e refletir por dias.
Serviço
A campanha de Dylan Dog e “As Vozes da Água” está no Catarse (www.catarse.me/dylandog). A previsão de envio dos pacotes é janeiro de 2025.