Em turnê movimentada no Interior do Paraná, o grupo de samba Brejeiras têm duas apresentações marcadas para Maringá neste domingo, 13 abril, com o espetáculo “Ave, Clara! Brejeiras cantam Clara Nunes”. Entrada gratuita.
O primeiro show na Cidade Canção começa às 15h, durante a programação da tradicional Festa da Canção, na Praça do Antigo Aeroporto (evento aberto). Aliás, último dia para curtir a festa.
Depois, às 19h, no Teatro Reviver Magó, que fica na Praça Todos os Santos s/n (público geral). Os ingressos gratuitos devem ser retirados AQUI.
É um evento cultural gratuito onde as curitibanas Beatriz Schneider (violão 7 cordas), Gisele Fontoura (cavaco e voz), Jô Nunes (voz e pandeiro) e Mariana Zibáh (flauta transversal, percussão e voz) homenageiam a obra de Clara Nunes. A percussionista Matê Magnabosco é a musicista convidada.
O espetáculo eleva o trabalho de Clara Nunes ao status de samba como arte, um repertório para ser apreciado também em um teatro e não restrito às tradicionais rodas de samba. O encontro no palco dessas cinco musicistas celebrando uma das maiores intérpretes brasileiras é elegante e forte. Transitam entre cordas habilidosas, percussões ritmadas, vozes potentes e flauta delicada, entregando diferentes momentos durante a interpretação da obra de Nunes.
“Escolhemos um repertório que contemplasse clássicos interpretados por Clara, mas também algumas canções pouco visitadas de sua obra, e que são verdadeiras obras primas, como ‘Coração em Chama’ de Elton Medeiros e Mauro Duarte. Temos sempre que mostrar o que o público quer ouvir de cada artista que homenageamos, mas queremos também valorizar o trabalho de pesquisa que envolve a escolha de repertório nos nossos shows”, diz Zibáh.

Desde 2017, as Brejeiras prestam homenagem à artista. “Ave, Clara! Brejeiras cantam Clara Nunes” mostra um pouco da história da cantora não apenas através de suas canções, mas também com projeções. A mineira foi a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil cópias de um disco (Alvorecer, 1974) e se destacou por sua devoção ao samba, à música de raiz e às tradições afro-brasileiras. Com sua voz marcante e forte ligação com o candomblé, Clara ajudou a popularizar o gênero e se tornou um ícone da cultura nacional.
“É uma honra para nós poder levar para outras cidades do nosso Estado, com recursos oriundos da Lei emergencial Paulo Gustavo, um show como Ave,Clara!. Sabemos que em cidades do interior a oferta cultural é escassa e muitas vezes limitada a certos gêneros musicais. O samba é parte da identidade do povo brasileiro e é preciso difundi-lo nos quatro cantos do nosso Estado, bem como do Brasil todo e do mundo”.
Antes de Maringá, o espetáculo passou por Campo Mourão, Astorga, Paranavaí e Umuarama, sempre com casa cheia e público animado.
Com assessoria