Uma pequena parte do grande acervo do Museu Esportivo de Maringá (MEM) abriu o lançamento do documentário “Paixão Esquecida: a história do futebol profissional de Maringá” na noite desta quarta-feira, 30 de agosto, no Teatro Marista.
Segundo um dos organizadores da exposição “Lembranças do Futebol Profissional de Maringá”, o jornalista Antonio Roberto De Paula, a ideia era aproveitar a estreia do filme para fazer um “link” com essa mostra. “Seria uma atração a mais. O que você está vendo aqui [exposição] é uma representação do futebol profissional de Maringá desde os anos 40”, dizendo que são cinco manequins com as camisas, além de flâmulas e 300 fotos.
Aliás, De Paula e Ortílio Carlos Vieira, o Tilinho, trabalharam em parceria com o diretor e roteirista de “Paixão Esquecida”, Miguel Fernando, fornecendo a pesquisa. E também deram depoimentos que compõem um universo de 30 personalidades na telona, entre ex-jogadores, dirigintes, treinadores, torcedores etc.

Um deles é Roderley, zagueiro campeão pelo Grêmio Esportivo de Maringá (GEM) nos anos de 1960, formando o lendário esquadrão alvinegro; e ele também é uma das figuras da exposição, eternizado em imagens. “O que está acontecendo realmente é uma gratificação que a gente recebe do que fizemos no passado. Mas graças ao nosso guru, Antonio Roberto de Paula, que resgatou a história do futebol de Maringá, criando o museu dos esportistas de Maringá, hoje [quarta-feira] nós estamos recebendo essa maravilhosa homenagem, esse momento que glorifica, que nos enche de alegria, prazer, de felicidade”, diz o ex-atleta, em conversa com O Maringá.
Roderley afirma ainda que, nos dias de hoje, ele começa a perceber o quanto a sua trajetória profissional no futebol teve importância para Maringá. Inclusive, ele acompanha o trabalho diário do MEM na preservação da memória esportiva.

Documentário
Em relação a “Paixão Esquecida”, o eterno zagueiro alvinegro avalia que é um “registro para a eternidade do futebol de Maringá”, em especial da trajetória do GEM, do qual diz que teve muito orgulho em servir.
Ao longo de sua carreira, ele deu motivos de comemoração para o torcedor maringaense. Mas Roderley diz que houve reciprocidade, ou seja, a torcida também lhe deu alegrias.
Em sua trajetória, o ex-jogador veio em 1963 para Maringá, depois retornou a São Paulo. “Não me readaptei e voltei, porque eu já tinha adquirido o hábito do caipira. E aqui estou, graças a Deus, rodeado de amigos, de carinho. E graças a Deus eu vim para o lugar mais lindo que Deus poderia escolher para mim”.
Roderley está com 83 anos, prestes a completar 84 em outubro. São seis décadas de Cidade Canção.



