Filme paranaense leva Troféu Barroco na 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes

O Maringá

Stil do filme 'Lista de Desejos para Superagui' (Crédito: Universo Produção)

O Paraná é destaque na premiação da 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes, um dos festivais mais importantes do país e que costuma abrir a temporada audiovisual brasileira. O documentário “Lista de Desejos para Superagui” foi o grande vencedor da mostra realizada na histórica cidade mineira, neste sábado, 27 de janeiro, ao faturar o Troféu Barroco.

Dirigido pelo curitibano Pedro Giongo, esse filme acompanha o cotidiano de um pescador de 70 anos chamado Martelo e da comunidade que habita na Ilha de Superagui. Martelo é um homem farol, aponta sua luz para a vida na ilha e ilumina os desejos dos moradores como ele. A produção registra com sensibilidade os desafios e as lutas da população caiçara, o trabalho duro e digno e certa memória dos tempos antigos da ilha.

“Lista de Desejos para Superagui” é uma obra audiovisual produzida via Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (Profice), que é o maior programa de fomento à cultura do Paraná. Por meio da renúncia fiscal de Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviço (ICMS) possibilita a valorização, a produção, a difusão, a circulação, a pesquisa e a preservação dos bens culturais, além de ações de caráter educativo para a arte e a cultura no Estado. Saiba mais em: https://www.cultura.pr.gov.br/PROFICE

Segundo a equipe curatorial da 27ª Mostra de Tiradentes, “‘Lista de Desejos para Superagüi’ é uma espécie de filme de resistência a um modelo sistemático do cinema industrial na organização do tempo narrativo. O filme pega um caminho muito raro hoje, onde a matéria inspira a forma, sem nostalgia, sem retórica, mas com certa firmeza. São raros esses filmes narrativos que não nos pedem nada, mas que afirmam uma convicção, muito concreta, muito mundana, nessas imagens e nesse mundo (e nas imagens desse mundo)”. Ainda segundo a equipe de curadores, formada por Francis Vogner dos Reis, Juliano Gomes, Tatiana Carvalho Costa e Rubens Fabricio Anzolin, o filme tem “curiosidade e cuidado com aquilo que filma”.

Crédito: Universo Produção

Realizador
Pedro Giongo (1986), é artista visual, montador e realizador cinematográfico, com foco principal nos processos da animação stop-motion e no documentário. Seus trabalhos são centrados no pensamento por coleção e no mundo ordenado pela lógica da colagem e da montagem, e tem no livro de artista uma das bases do seu processo de elaboração criativa. Busca traduzir estas estratégias de pensamento em narrativas sonoras/visuais.

Além de seu trabalho pessoal, também atua como montador de filmes, já tendo trabalho em diversas produções de destaque. É um dos fundadores do Estúdio Tijucas, produtora independente criada em 2009 e que realiza seus trabalhos autorais. Seus projetos pessoais e suas colaborações já foram exibidas no 72º Festival de Cinema de Locarno (Suíça), 70ª Berlinale (Alemanha), 38º Festival de Cine Latino de Havana (Cuba), 26º Animafest Zagreb (Croácia), entre outros. Mestrando na Escola de Comunicação da UFRJ, atualmente vive e trabalha entre Curitiba e Rio de Janeiro.

LPG
Outro filme paranaense exibido na Mostra de Tiradentes foi o longa-metragem “Foram os sussurros que me mataram”, selecionado em um dos 12 editais da Lei Paulo Gustavo no Paraná.

Trata-se de uma produção com roteiro e direção de Arthur Tuoto e estrelado pela atriz Mel Lisboa.

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