Em todo o Paraná, apenas Maringá teve o privilégio de receber a apresentação de Manoel Cordeiro & Felipe Cordeiro (PA) na noite desta terça-feira, 26 agosto. A atração estava no centro do Sonora Brasil: “Encontros, tempos e territórios”, no teatro do Sesc Maringá.
O show terminou agora pouco, com público impactado pela força da música amazônica. Ou melhor, a Música Popular Brasileira feita na Amazônia.
Pai e filho juntos no palco, trazendo a fusão de ritmos tradicionais da Amazônia – como o carimbó e a lambada – com o pop, o rock e a música eletrônica. Uma viagem sonora que celebra gerações e renova a música paraense com inovação e experimentação. O melhor das guitarras paraenses em profusão.
O público maringaense compareceu em bom número e vibrou do início ao fim, com direito a dança e movimento no teatro. No palco, os Cordeiro alternaram a levada dançante com solos caprichados. Manoel disse que o Sonora proporciona o Brasil conhecer o Brasil.

Manoel Cordeiro é multi-instrumentista e produtor musical com reconhecimento nacional e internacional. Nasceu em Ponta de Pedras, na Ilha do Marajó (PA), em 1955. Entre 1979 e 1996, atuou em centenas de discos, consolidando a música popular paraense no Norte e Nordeste. Pioneiro em ritmos como lambada e brega, gravou com artistas como Banda Carrapicho, Beto Barbosa e Banda Warilou. Em 2015, lançou o primeiro álbum solo Manoel Cordeiro & Sonora Amazônia, seguido por Combo Cordeiro, em 2016, ao lado do filho Felipe, e Guitar Hero Brasil, em 2019. Manoel segue compondo, realizando shows, reinventando-se e influenciando gerações.
Felipe Cordeiro é músico, compositor e guitarrista que se destaca pela fusão de ritmos amazônicos tradicionais, como carimbó e lambada, misturados ao pop, rock e à música eletrônica. Filho do guitarrista e produtor Manoel Cordeiro, ele iniciou seus estudos musicais aos 11 anos. Com álbuns como Kitsch Pop Cult (2011) e Transpyra (2019), o artista nos embala com seu Pop Tropical, inovando a cena musical paraense e brasileira com uma abordagem contemporânea e experimental.

Acompanhando pai e filho, Maykon Yamada (contrabaixo) e Cesar Augusto, o Gugu de Cametá (bateria).


