Graciliano Ramos e seu rol de admiradores, os ‘gracilianistas’; tem até evento para 2025

O Maringá

Graciliano Ramos (Crédito: Reprodução)

Se Itamar Vieira Junior, fenômeno recente da literatura brasileira, tem os “tortoaraders” (uma comunidade dedicada a ele e sua obra), o clássico Graciliano Ramos (1892-1953) conta com os “gracilianistas”.

Claro, o termo vem do nome desse famoso escritor alagoano, autor de obras-primas como “Vidas Secas” (1938) e “São Bernardo” (1934). Dessa forma, gracilianista é a pessoa que lê, estuda e admira os textos do Mestre Graça.

E essa legião de fãs vai se reuniu em 2025 na emblemática cidade de Palmeira dos Índios, nas Alagoas.

Trata-se do 1° Encontro Alagoano de Gracilianistas, que conta com o patrocínio do Ministério da Cultura (@minc) e da Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas (@secultal), através da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB).

O evento vai rolar de 19 e 21 de março de 2025. Palmeira dos Índios é a cidade onde Graciliano foi prefeito durante dois anos, entre 1928 e 1930, quando renunciou. Aliás, essa passagem na vida pública já rendeu muito assunto sobre o escritor, principalmente em relação aos textos formais escritos à frente do cargo. Chama atenção o rigor estilístico e a qualidade de escrita.

Esse autor é conhecido por ter uma obra literária concisa, precisa e direta. Mas carregada de simbolismos, abismos e mergulho em personagens devassadas. É impossível passar por “Vidas Secas” sem ser tocado pela saga da família de Fabiano e Sinhá Vitória.

Para divulgar o encontro nas Alagoas, existe o perfil oficial no Instagram: @gracilianistas . Já são mais de 500 seguidores e seis publicações. Em uma delas, o termo “gracilianista” é explicado como se fosse um verbete de dicionário, com duas acepções: adjetivo comum de dois gêneros, que é relativo a Graciliano Ramos, à sua vida, à sua obra, “ou ao gracilianismo”; e substantivo comum de dois gêneros, pessoa que lê, admira e pesquisa a vida e obra de Graciliano.

Em tempo: Mestre Graça é um dos principais expoentes do chamado Romance de 30, que marcada período da 2ª fase do Modernismo brasileiro.

“Marcado pela consciência pessimista do subdesenvolvimento, os autores desse movimento tinham como horizonte a compreensão de que os problemas sociais brasileiros eram estruturais. Portanto, desenvolveram uma literatura que retomava as formas tradicionais do romance realista, cujo projeto ideológico propunha uma denúncia dos contrastes sociais do Brasil”, diz o site Brasil Escola.

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