Mais bonito é a ocupação do espaço público, avalia secretário sobre Virada Cultural 2023

População ocupou espaço com piqueniques e lazer (Crédito: Cristiano Martinez/O Maringá)

Dança, cinema, música, grafitti, crianças, adultos, espetáculos, gastronomia, serviços, artesanato… a edição 2023 da Virada Cultural de Maringá movimentou a praça do antigo aeroporto durante o último final de semana de julho, neste sábado, 29, e domingo, 30.

Segundo a Secretaria de Cultura (Semuc), cerca de 40 mil pessoas passaram pelo espaço ao longo do evento, apreciando 22 atrações, entre artistas locais e nacionais (o rapper Marcelo D2 e a sambista Roberta Sá).

“A Virada foi melhor do que a gente esperava”, diz o secretário Victor Simião, em entrevista ao jornal O Maringá. Ele diz que foi um evento emocionante, com shows excelentes, indo dos artistas maringaenses até fechar com Roberta Sá neste domingo, 30. “A galera pulando, cantando, se divertindo. O que para nós é o mais bonito é a ocupação do espaço público. É ver esse local sendo utilizado, não só para ver show ou ver algum espetáculo, mas para fazer piquenique, para consumir algum produto artesanal, para consumir alguma bebida artesanal da nossa cidade, as pessoas falando que isso aqui não existia antes”.

Nesse sentido, o artista e comunicador Tom Brasil, que apresentou o show “Tom Brasil Canta a Moda Brasileira”, no Palco Cena de domingo, 30, enaltece a ocupação do espaço do antigo aeroporto. “Espaço vazio é oficina do capeta”, em conversa com a reportagem.

Segundo Brasil, a atual gestão municipal reformou e construiu locais públicos de Maringá.

O violeiro também aponta que a vinda de eventos como a Virada Cultural para a Cidade Canção representa um grande passo para o setor. “Porque a cultura tem de ser gratuita, tem que ser para todos os povos, para todas as idades. E aqui, na Virada Cultural, você vê cultura, afro, cultura, europeia”, destacando que um povo que não tem cultura não tem memória.

Sua apresentação foi embasada na viola caipira, privilegiando repertório que não toca mais no rádio, ou seja, uma quebra de paradigmas. “Muito orgulho da minha vida, do meu show e orgulho de poder cantar em casa”, recordando que começou sua carreira no rádio brasileiro, trabalhando nas principais emissoras do país, caso da Rádio Clube Paranaense.

Tom Brasil apresentou o show “Tom Brasil Canta a Moda Brasileira”, no Palco Cena de domingo, 30 (Crédito: Cristiano Martinez/O Maringá)

Missão

Simião diz que a missão foi cumprida: promover acesso à arte e cultura, propiciando um grande evento para a população. Inclusive, ele afirma que ouviu do público que a estrutura da Virada parecia de cidades maiores, tipo São Paulo, com dois palcos, som, iluminação, banheiros, barracas de comida e bebida, ambulâncias, segurança etc.

“A Virada Cultural, como eu havia dito, agora eu afirmo: já ficou para a história”, destacando que nenhum problema técnico ou de segurança foi registrado. “Deu tudo certo. É a prova de que é possível fazer arte e cultura de forma gratuita, que as pessoas venham e ocupem a cidade”.

Secretário Victor Simião no encerramento da Virada (Crédito: Cristiano Martinez/O Maringá)

Artistas locais
Em relação aos artistas locais, Simião informa que foi possível saber de suas impressões. Ele cita a banda maringaense de rock psicodélico tropical Little B. and the Mojo Brothers que ficou maravilhada com o evento, “com a estrutura que a gente colocou para os artistas locais, com o reconhecimento que nós demos”, diz o secretário.

Além da Little B., os shows ficaram por conta de artistas como Tom Brasil, Nuah, grupo Meu Clown, Cirqueridum, Grupo Sucena, DJ Chá de Lirian, Nó Coletivo de Artes, Poeta Loko, entre outros.

“Todo mundo com que a gente conversou era só elogios e já expectativa para a próxima Virada Cultural”, comentando também que deu certo trazer outras secretarias municipais para participarem do evento (caso da Secretaria da Mulher); o sucesso da Viradinha Cultural, com atrações para o público infantil e famílias; e a adoção de pets na “Virada animal”.

Nuah se apresentou no domingo, 30, no Palco da Cena (Crédito: Cristiano Martinez/O Maringá)

Próxima
“Tudo absolutamente deu certo. A gente deixa essa Virada Cultural na memória”, diz o titular da Semuc, acrescentando que a partir do dia seguinte ao final do evento começa a pensar a próxima edição de 2024.

Em 2022, Simião diz que foi uma ousadia deslocar o evento do Centro e levá-lo para o antigo aeroporto, onde teve elogios. Mas ainda restava uma dúvida se deveria ser mantido no novo local. O sucesso em 2023 provou a viabilidade da praça. “A gente garante que vai ser aqui também, desse nível pra mais”, citando a vinda de pessoas de outras regiões do Paraná para a Virada, caso de Londrina, Cascavel, Umuarama, Toledo, Guarapuava.

“As pessoas já sabem que vai ter Virada Cultural, elas se organizam para vir à Virada Cultural. Elas vêm e ocupam o espaço da Virada”, garantindo que, em 2024, será no mesmo local, em pelo menos dois dias, com mais shows e atividades para a população.

O secretário finaliza a entrevista agradecendo ao jornal O Maringá e a este repórter pela cobertura da Virada, dando espaço e divulgação ao evento. “A gente sabe como é difícil, primeiro, fazer comunicação, trabalhar com jornalismo; e segundo, como é difícil colocar espaço para as pautas culturais. O que você tem feito e o jornal… para nós, nos enche de orgulho”.

Público vibrou com shows durante Virada (Crédito: Cristiano Martinez/O Maringá)

Roberta Sá
A roda de samba de Roberta Sá encerrou a Virada Cultural de Maringá 2023 neste domingo, 30.

Com grandes clássicos da música brasileira, a cantora fez os maringaenses sambarem com a turnê “SambaSá”. Durante todo o dia, 15 mil pessoas acompanharam diversas atrações na praça do antigo aeroporto.

Show de Roberta Sá, finalizando o evento (Crédito: Cristiano Martinez/O Maringá)

Marcelo D2
Mais de 12 mil pessoas lotaram a Virada na noite de sábado, 29, para curtir o show gratuito do rapper carioca Marcelo D2.

O repertório mesclou clássicos do artista, como “Qual é”, “Desabafo” e ‘A Procura da Batida Perfeita”, com músicas do novo álbum ′Iboru′, lançado em junho.

Marcelo D2 tocou na primeira noite da Virada Cultural de Maringá (Crédito: Cristiano Martinez/O Maringá)

Realização
A Virada Cultural foi realizada pela Prefeitura de Maringá, por meio das secretarias de Cultura, Comunicação, Mobilidade Urbana, Segurança, Criança e Adolescente, Limpeza Urbana, Infraestrutura, Trabalho, Renda e Agricultura Familiar, Saúde, Mulher, Proteção e Bem-Estar Animal, Esporte e Lazer e Provopar.

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