Maringaense é finalista pelo 2º ano seguido do Prêmio Jabuti na categoria Biografia e Reportagem

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Detalhe da capa do volume 3 (Crédito: Reprodução)

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Ganhador do Prêmio Jabuti em 2022 na categoria Biografia e Reportagem, o escritor e jornalista maringaense Laurentino Gomes é finalista da 65ª edição dessa que é a mais tradicional premiação do mercado livreiro.

A lista com os cinco finalistas de cada categoria foi divulgada nesta terça-feira, 21 de novembro, pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), que é a organizadora do Jabuti. No total foram 4.245 obras inscritas no prêmio.

No eixo Não Ficção, Gomes emplacou o volume 3 da trilogia “Escravidão”. Desta vez, é o volume de 592 páginas chamado “Escravidão: da independência do Brasil à Lei Áurea”, publicado em junho de 2022 pela Globo Livros. No 64º Jabuti, o maringaense já havia vencido com o volume 2 dessa série (“Da corrida do ouro em Minas Gerais até a chegada da corte de dom João ao Brasil”).

Nas redes sociais, o escritor se manifestou, divulgando uma arte com o livro. “Minha gratidão aos jurados do prêmio e também a todos vocês, meus queridos leitores e leitoras, pela torcida!”, disse.

Em 2023, ele disputa o troféu com “A vacina sem revolta: a luta de Rodolpho Theophilo contra o poder e a peste” (Bella Editora ), de Lira Neto; “O negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro” (Zahar), de Juliana Dal Piva; “Poder camuflado: os militares e a política, do fim da ditadura à aliança com Bolsonaro” (Companhia das Letras), de Fabio Victor; e “Rainhas da noite” (Companhia das Letras), de Chico Felitti.

No último livro da trilogia “Escravidão”, Gomes se dedica ao século 19; à Independência; ao Primeiro e ao Segundo Reinados; ao movimento abolicionista, que resultou na Lei Áurea de 13 de maio de 1888; e ao legado da escravidão, que ainda hoje emperra a caminhada dos brasileiros em direção ao futuro.

A escravidão era, na definição de José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência, “um cancro que contaminava e roía as entranhas da sociedade brasileira”. Disseminado por todo o território, o escravismo perpassava todas as atividades e todas as classes sociais. Maior território escravista da América em 1822, o Brasil assim se manteria até o final do século 19, com sua rotina pautada pelo chicote e pela violência contra homens e mulheres escravizados.

“Nenhum outro assunto é tão importante e tão definidor da nossa identidade nacional quanto a escravidão. Conhecê-lo ajuda a explicar o que fomos no passado, o que somos hoje e também o que seremos daqui para a frente. Em um texto impactante e ricamente ilustrado com imagens e gráficos, Laurentino Gomes lança o terceiro volume de sua obra, resultado de 6 anos de pesquisas, que incluíram viagens por 12 países e 3 continentes”, diz o material de divulgação.

Crédito: Reprodução

Autor
Seis vezes ganhador do Prêmio Jabuti de Literatura, Laurentino Gomes é autor da trilogia “Escravidão”; “1808”, obra sobre a fuga da corte portuguesa de dom João para o Rio de Janeiro (eleito o Melhor Ensaio de 2008 pela Academia Brasileira de Letras); “1822”, sobre a Independência do Brasil; e “1889”, sobre a Proclamação da República; além de “O caminho do peregrino”, em coautoria com Osmar Ludovico da Silva — todos publicados pela Globo Livros.

Em 1976, Gomes saiu de Maringá para fazer Jornalismo na Universidade Federal do Paraná, depois pós-graduação na Universidade de São Paulo. Ele passou pelas redações do jornal O Estado de S. Paulo e da revista Veja. Gomes é titular da cadeira de número 18 da Academia Paranaense de Letras.

Premiados
Em dezembro deste ano, em cerimônia que será realizada no Theatro Municipal de São Paulo, serão anunciados os vencedores das 21 categorias distribuídas em quatro eixos (Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação), além do grande vencedor do Livro do Ano. Para conferir os nomes dos finalistas em cada uma das categorias, basta acessar o site da premiação (https://www.premiojabuti.com.br/5-finalistas).

“A CBL atua incansavelmente, ao longo do ano, para fortalecer o livro e democratizar o acesso à leitura. O Prêmio Jabuti é uma celebração à bibliodiversidade e também representa todo esse movimento que fazemos para garantir a cultura em nosso país. Estamos muito animados com a proximidade da grande festa do livro”, comemora a presidente da CBL, Sevani Matos, via assessoria.

Laurentino Gomes (Crédito: Reprodução/Globo)

Novidade
Entre as novidades do Jabuti 2023, o autor do “Livro do Ano”, além do prêmio de R$70 mil, receberá passagens e estadia pagas para participar da Feira do Livro de Frankfurt de 2024, na Alemanha, um dos eventos literários mais importantes do mundo.

Focando em novos talentos, também foi criado este ano a categoria “Escritor Estreante”, para autores que tenham publicado sua primeira obra em língua portuguesa no Brasil entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2022, do gênero Romance de Entretenimento ou Romance Literário.

Prêmio Jabuti
Realizado desde 1958, o Prêmio Jabuti consolidou-se como a mais importante premiação nacional do livro e é referência no mercado editorial brasileiro. Patrimônio cultural do país, é responsável por reconhecer e divulgar a potência da produção nacional, com a valorização de cada um dos elos que formam a cadeia do livro, dialogando com os diversos públicos leitores e, junto com eles, assimilando as mudanças da sociedade.

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