No Dia Mundial do Livro, sete livros brasileiros

Crédito: Ilustrativa/Freepik

O Dia Mundial do Livro é comemorado nesta terça-feira, 23. Antes que a data se esvaia por completo, segue uma seleção de cinco livros brasileiros para começar a leitura hoje.

Confira:

“Alguma poesia” (1930), ed. Record. É a estreia de Carlos Drummond de Andrade no mercado editorial, quando ele tinha 28 anos de idade. Logo de cara, poemas como “No meio do caminho”, “Poema de sete faces” e “Quadrilha”, que entraram para a história da literatura brasileira. Humor, melancolia (carregada de inocência) e espírito modernista;

“S. Bernardo” (1934), ed. Record. Romance do alagoano Graciliano Ramos que completa em 2024 os 90 anos de seu lançamento. É narrado em 1ª pessoa e o fazendeiro Paulo Honorário conta sua história e a relação com Madalena. O texto do Velho Graça está em um de seus melhores momentos;

“Formação da literatura brasileira: Momentos decisivos” (1959), ed. Todavia. Escrito pelo sociólogo Antonio Candido, um dos maiores nomes do pensamento brasileiro, é um livro fundamental para quem quer entender a história literária;

“Uma vida em segredo” (1964). ed. Rocco. Talvez você nunca tenha ouvido falar do autor mineiro Autran Dourado. Então, está na hora de mudar isso e ler esse romance, pequena obra-prima, que conta a história de Biela, uma moça desajeitada, encolhida e feia, que nasceu e cresceu na roça. A narrativa é saborosa, dolorosa e fantástica;

“Tudo é rio” (2021). ed. Record. Claro, não poderia faltar este livro que se tornou o mais vendido em ficção brasileira de 2023. Trata-se de obra escrita por Carla Madeira, cuja narrativa é carregada de simbolismos e tensões. Tudo meticulosamente arquitetado para levar o leitor e a leitora a seguirem o fluxo das personagens;

“Pilatos” (1974), ed. Nova Fronteira. Prosa ousada de Carlos Heitor Cony e encharcada de existencialismo. Narra as aventuras de seu protagonista pelas ruas do Rio de Janeiro, convivendo com a nata da noite carioca: bêbados, beatas, fascistas, mendigos, cineastas, sacristães, donos de bares infectos e policiais truculentos. Tem um quê machadiano e picaresco. Marcou também um hiato de 23 anos na carreira literária de seu autor;

“O Menino Maluquinho” (1980), ed. Melhoramentos. Para fechar com chave de ouro, esse clássico infantojuvenil do escritor e artista gráfico Ziraldo, que nos deixou neste mês de abril. É um livro que todo jovem leitor deveria ler e reler ao longo da vida adulta.

Entenda a data
Em tempo, a data de 23 de abril foi escolhida como Dia Mundial do Livro por ser a data da morte de três grandes escritores da história: William Shakespeare, Miguel de Cervantes e Inca Garcilaso de la Vega.

Sair da versão mobile