Escrito por Francisco Ucha, Marcos Massolini e Toni Rodrigues, o livro “Suplemento Juvenil – 90 Anos: a Gênese dos Quadrinhos no Brasil” está em campanha no Catarse até 2 de junho deste ano para angariar apoiadores de sua publicação.
É um projeto que conta a história do maior fenômeno editorial dos quadrinhos no Brasil nos anos de 1930, que deu origem à Ebal e foi o contraponto para o surgimento da revista “Gibi” (e esta se tornou sinônimo de quadrinho nacional).
O material de Ucha, Massolini e Rodrigues é um álbum em formato magazine (21×28 cm) fartamente ilustrado, que traçará um painel histórico dos 11 anos de existência desse tabloide que mudou para sempre a forma de publicar quadrinhos no país, fez surgir concorrentes de peso como “O Globo Juvenil” e “Gibi” e foi a ponta de lança para Adolfo Aizen criar a mais icônica casa publicadora de quadrinhos do Brasil, a Editora Brasil-América Limitada (Ebal).
“Suplemento Juvenil – 90 Anos: a Gênese dos Quadrinhos no Brasil” terá 92 páginas impressas em papel Pólen, capa couchê de alta gramatura com aplicação de verniz e com orelhas.
A obra contará a trajetória daquele que foi denominado de “O Órgão Oficial do Pessoalzinho Miúdo” e agitou a juventude da época semanalmente e depois de quase um ano, saindo duas e até três vezes por semana.
Para quem não sabe, o “Suplemento Juvenil” foi um dos principais pilares da publicação de quadrinhos no Brasil. Criado pelo jornalista Adolfo Aizen, o tabloide começou a circular ainda com o nome de “Suplemento Infantil” no dia 14 de março de 1934 encartado no jornal A Nação, e foi o primeiro a dar espaço regular para os quadrinhos “sérios”, que já faziam muito sucesso nos Estados Unidos e eram pouco conhecidos no Brasil.
Até então, os jornais publicavam as historietas cômicas e mais infantis. Mas foi a partir da ideia de Aizen que os mais importantes quadrinhos de aventura publicados nos Estados Unidos – muitos deles recém-lançados – começaram a chegar com regularidade no país.
Flash Gordon, X-9 e Jim das Selvas, todos de Alex Raymond, além de Mandrake, de Lee Falk e Phil Davis – criados no início de 1934 –, Tarzan, de Hal Foster e Brick Bradford, entre outros grandes personagens, passaram a ser publicados no Brasil com meses de diferença em relação aos Estados Unidos.
Editor
Francisco Ucha restaura quadrinhos desde 2018 e utiliza a plataforma do Catarse desde então para conseguir publicar os seus projetos editoriais, sempre ligados à memória dos quadrinhos e ao resgate de grandes autores de quadrinhos brasileiros.
São quase seis anos restaurando e lançando clássicos como “O Judoka por FHAF”, que está na 2ª Edição; “O Judoka por Eduardo Baron”; “Tony Carson – Chacal”, de Antonino Homobono; “Uma Aventura na Independência”, premiada HQ de Luiz Antônio Novelli.
Ucha publicou “A Grande Arte de Rodolfo Zalla”, com duas HQs inéditas do mestre argentino; “Cisco Kid”, de José Luiz Salinas, com tiras restauradas na Europa; e o artbook “Procurados – O Faroeste Segundo Homobono”, com um dos últimos trabalhos publicados do Mestre da Literatura Pulp, R.F. Lucchetti, sobre os livros de bolso de faroeste e arte de Antonino Homobono. Também de Homobono, acabou de ser lançado “Lobisomem em Fúria!”, com a clássica HQ que ele desenhou para a revista Capitão Mistério, da Bloch Editores, em 1983.
Editou os livros biográficos “Ziraldo – Memórias”, “Mauricio & Companhia” e “Salve-se Quem Puder – Cartuns e Fotos de Duayer no Pasquim”.
Serviço
O apoio ao projeto de publicação de “Suplemento Juvenil – 90 Anos: a Gênese dos Quadrinhos no Brasil” pode ser feito até 02/06/2024 às 23h59m59s, no site do Catarse.