Secretário de Cultura de Maringá faz balanço do primeiro mês de trabalho

Tiago Valenciano (à esq) visitou o estúdio do jornal (Crédito: Pamela Maria)

Um dos primeiros secretários anunciados por Silvio Barros (PP) em 2024, quando este venceu a eleição a prefeito em Maringá, o cientista político, comentarista e escritor Tiago Valenciano está à frente da Cultura, uma pasta municipal que ganhou grande visibilidade nos últimos anos. O trabalho iniciou na transição de governos e ganhou corpo oficial a partir de 1º de janeiro de 2025.

“Tive mais tempo de conseguir fazer um trabalho um pouco mais de fôlego em relação à transição. Tanto que eu visitei todos os espaços administrados pela cultura. Todos. Fiquei sem deixar nenhum para trás. A gente visitou todos e conheceu todos os espaços, equipamentos culturais que hoje a Secretaria de Cultura administra: os teatros, as bibliotecas, a Casa da Cultura, a gente conseguiu dar vazão, o CEU das Artes de Iguatemi. Deu pra gente entender o que tava em andamento e o que viria pela na frente”, avalia, em entrevista do jornal O Maringá.

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Nesse cenário, o primeiro mês de trabalho oficial em 2025 foi bastante intenso, diz Valenciano. “Porque é um mês que você precisa compreender alguns aspectos internos, burocráticos, eu sou muito cuidadoso com o orçamento. Fiquei boa parte do mês concentrado nisso, também visitando os servidores, se apresentando, de novo, mostrando aos servidores que a gente está à disposição, tentando manter um bom clima, um bom clima de cooperação mesmo entre o servidor público e a Secretaria de Cultura”, complementa.

Para este mês de fevereiro, o secretário destaca que uma boa quantidade de eventos foram retomados, junto com a produção.

A administração municipal quer transformar a Cidade Canção numa “Cidade-Palco”. “A ideia é de que qualquer espaço em que um artista do teatro, da dança, da música, das culturas urbanas, das artes populares, da literatura, do patrimônio histórico ou de qualquer um dos segmentos esteja se apresentando, você transforma aquilo num palco de atenção para as pessoas”, explica Valenciano, em sua primeira entrevista nos estúdios do jornal O Maringá.

Segundo ele, a ideia não é colocar palcos e teatros na cidade inteira. “É um conceito mais abrangente para você conseguir mostrar para as pessoas que, tanto na iniciativa pública quanto na privada, você consegue ter ações relacionadas ao palco. As pessoas estão fomentando cultura o tempo todo. E aí quando você mostra para as pessoas que Maringá é uma cidade aberta, a palco e esse tipo de iniciativa, você consegue também trazer mais atenção para isso e girar a roda da economia”.

Para a temporada 2025, o secretário afirma que pretende manter os eventos tradicionais e políticas de incentivo praticadas recentemente, caso da Festa Literária Internacional de Maringá (Flim), os Convites às Artes, a Virada Cultural (em 26 e 27 de julho), a Semana do Hip Hop, o Carnaval… além de novidades como o Festival Medieval, previsto apara a segunda quinzena de outubro. “É uma proposta que o Silvio [Barros] trouxe. Ele está, inclusive, esse mês agora em Leiria que faz o maior festival medieval do mundo para conseguir entender qual que é a proposta deles lá”, informa Valenciano, acrescentando que já existe um rascunho e a proposta é de incorporar parte do que ocorre na Europa.

“Tudo isso que está acontecendo em relação à cultura, Aniceto Matti, Convite às Artes e Virada Cultural, foram legados do governo Silva Barros. As pessoas, às vezes, esquecem de lembrar disso. Foi feito antes, já vem acontecendo. Obviamente que a proposta do próprio prefeito é sempre essa, de que cada gestão seja melhor que a outra”, diz o secretário, reconhecendo que foi aprimorado na gestão Ulisses Maia, com o sistema de editais, que era um pedido do Conselho Municipal de Políticas Culturais. “É toda uma construção ao longo do tempo”, frisa Valenciano.

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