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Slam Pé Vermelho ocupa espaço público em Maringá para a poesia autoral

Por Cristiano Monteiro Martinez
17 de abril de 2023
Poeta Alexandra, durante edição deste domingo, 16 de abril (Crédito: Cristiano Martinez/O Maringá)

Poeta Alexandra, durante edição deste domingo, 16 de abril (Crédito: Cristiano Martinez/O Maringá)

Racismo, violência contra a mulher, amor. São temas que ganham expressão em versos fortes, falados e até mesmo cantados.

Com uma ideia na cabeça e um microfone na mão, poetas ocupam a praça para apresentar seus textos autorais diante de uma plateia. É o campeonato maringaense de poesia falada, mais conhecido como slam – o Poetry Slam (em português, “batalha de poesia”).

“Poesia é o Conselho: Slam Pé Vermelho!”, ecoa no obelisco da Praça Renato Celidônio, a popular “Praça da Prefeitura”, em Maringá.

“O slam é um lugar em que muitos poetas tiram o poema da gaveta”, avalia a professora e produtora cultural Érica Paiva Rosa, em entrevista a O Maringá. Ela integra o Coletivo Pé Vermelho, que organiza edições mensais do slam desde fevereiro de 2019. No domingo, 16, o projeto completou seu 30º evento.

Segundo Rosa, os competidores precisam apresentar três poemas autorais, de até 3 minutos cada um, durante três rodadas, para um júri formado na plateia (de preferência, sem ligação com o autor). Os jurados dão notas (de zero a dez) para cada apresentação.

Durante a edição, o microfone fica aberto para que qualquer pessoa possa falar seu poema, fora do julgamento.

É um espaço de acolhimento, para mostrar o trabalho ao público que frequenta a praça. “É muito legal quando eles [poetas] colocam esse poema no mundo e eles sentem que a galera recebe e gosta”, informando que muitos escritores não utilizam nem as redes sociais para mostrar sua produção.

“A gente vem para o espaço público justamente para ressignificar. Para mostrar que é o nosso lugar também. A gente pode estar aqui também. A gente deve estar nesse espaço, ocupando com arte, ocupando com cultura e tirando esse ar de estigmatização”, resume a produtora.

Inclusive, ela recorda do episódio em que um vendedor de algodão doce parou e ficou ouvindo por cerca de meia hora. Esse espectador batia palmas, demonstrando que havia gostado muito do slam.

“Estar na praça nos dá essa possibilidade de chegar em outras pessoas, que não estão naquele nicho das redes sociais, que não sabem que isso acontece todo terceiro domingo do mês, que não vão a uma biblioteca”, diz Rosa.

Palhares, durante slam de domingo, 16 (Crédito: Cristiano Martinez/O Maringá)

Paixão
Em 2022, o jovem Guilherme, o Gui Fioratti, de 17 anos, participou da batalha de poesia e se apaixonou pela criação poética. Ela já escrevia textos literários, incluindo letras de música, mas foi se aprimorar de fato durante o evento.

Neste ano, ele já participou de duas edições do Slam Pé Vermelho, sendo que a última vez foi no domingo, 16. Ele costuma escrever sobre temas variados. “Tem racial, tem de amor, tem de desilusão… várias poesias diferentes”.

Aliás, uma de suas vertentes é sobre a condição de preto na sociedade, produzindo uma crítica pertinente e provocativa.

Participando da Residência Poética do Coletivo, ele pretende criar um perfil próprio no Instagram para dar visibilidade a seu trabalho poético. “Vou começar a mostrar mais agora”.

De olho no slam, Gui costuma escrever poemas longos, para cumprir o tempo de competição.

“Eu percebo que, no slam, eles [poetas] pensam muito na hora de escrever já na apresentação. Então, eles pensam na questão de sonoridade, na questão das rimas, na brincadeira com o público”, diz Rosa, citando que os participantes pensam na recepção do público.

Geralmente, os poetas trazem os poemas prontos, já treinados para a performance. A produtora lembra que teve apenas um caso de improviso nesses quatro anos do Slam Pé Vermelho.

Poeta Gui Fioratti (Crédito: Cristiano Martinez/O Maringá)

Primeira vez
Por sua vez, Alexandra Ruan (@alechaepoesia), ou simplesmente Alexandra, participou na qualidade de competidora pela primeira vez na 30ª edição do slam. Antes, ela havia feito parte do público e utilizado o microfone aberto.

Ela venceu a etapa do dia 16 de abril com poemas de temática forte e feminista. “Eu sou vítima de violência. Tenho histórico de abusos”, conta à reportagem.

Poeta desde sempre, ela começou a escrever com regularidade durante a pandemia de Covid-19, quando ficou reclusa com suas filhas. Depois, passou a postar os textos e vídeos nas redes sociais, como forma de desabafo.

Hoje ela também integra a Residência Poética do Coletivo Pé Vermelho. Trata-se de espaço na Cidade Canção em que os autores selecionados podem participar de oficinas literárias e produzir poesia. O resultado do projeto será apresentado, em maio, durante o 1º Festival Pé Vermelho de Poesia.

Edição de número 30 ocorreu no domingo, 16 (Crédito: Cristiano Martinez/O Maringá)

Mais de 200 slams

O Poetry Slam (em português, “batalha de poesia”) é um campeonato de poesia falada em que poetas apresentam textos autorais sem uso de figurinos, fantasias ou música. As apresentações são julgadas por pessoas que as pontuam de 0 a 10. O slam surgiu nos EUA nos anos de 1980 e se espalhou pelo mundo. A informação é do Coletivo Pé Vermelho.

Segundo a produtora cultural Érica Paiva Rosa, o Brasil tem mais de 200 comunidades de slam, espalhadas em cerca de 20 Estados. “É um lugar muito potente, em que eles se sentem confortáveis de expor sua arte. Sabem que eles serão ouvidos”.

Tags: AlexandraColetivo Pé VermelhoDestaqueÉrica Paiva RosaGuia FiorattiMaringáPraça da PrefeituraSlamSlam Pé Vermelho

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