O prefeito de Maringá Silvio Barros e o secretário de Cultura Tiago Valenciano se reuniram com a classe artística maringaense nesta segunda-feira, 7 julho. Na pauta, a Virada Cultural de 2025. Na semana passada, a Semuc havia divulgado que o evento seria no Pavilhão Azul (Parque de Exposições) e no início de agosto.
A novidade, porém, causou forte reação dos fazedores/fazedoras de cultura da Cidade Canção, incluindo também produtores culturais e parcela do público. A principal queixa se dirigia ao local, considerado fechado e menos inclusivo, indo de encontro à proposta de ocupação de praças, bairros e ruas da Virada. Outra reclamação era com o prazo exíguo para o lançamento de editais de participação de artistas locais.
Assim, a reunião ocorreu nesta segunda-feira e se tomou a decisão pelo adiamento da edição de 2025 e discussão sobre o local de realização. “A decisão é de que vamos adiar a Virada temporariamente, para cumprirmos com a questão do edital, que era um anseio da classe artística”, disse Valenciano, por meio das redes sociais, logo após o encerramento do encontro.
Quanto ao espaço, o prefeito explicou que, após a decisão tomada em conjunto, foram levantadas algumas sugestões de locais abertos e públicos. Essas opções passarão por processo de consulta pública. “Para que a gente possa escolher de maneira democrática e adequada, onde devemos fazer a Virada Cultural desse ano. As propostas foram de fazer na Vila Olímpica, quem sabe naquele espaço em frente ao terminal rodoviário intermodal. E podem surgir outras ideias, além daquela que foi proposta na Sociedade Rural”, diz Barros, referindo-se ao Parque de Exposições, local tradicionalmente associado ao universo do agronegócio.
Ele ainda explica que, em concordância com a classe artística, será criada uma comissão para debater a Virada e se tomar uma decisão conjunta, convergente. “Para que seja o melhor evento possível à cultura maringaense”.
Avaliações positivas
Na postagem do prefeito Silvio Barros, em que anuncia o adiamento junto ao secretário, boa parte dos comentários elogiou a atitude de sentar e ouvir aqueles e aquelas que fazem a cultura acontecer em Maringá. A maior parte destacou a decisão democrática.
“Parabéns pela atitude. Ouvir quem faz cultura é essencial para pensar a Virada Cultural”, escreveu arista local. “Excelente medida …ouvir quem faz cultura e quem aproveita esses momentos primordiais”, comentou outro.