Apostando em músicas de sucesso de sua carreira como “Alma” e “Enquanto durmo”, entremeadas de preciosidades e referências a Cássia Eller e Rita Lee, a cantora, compositora e instrumentista Zélia Duncan pôs o público para cantar junto na noite deste sábado, 13 setembro, no Teatro Calil Haddad, em Maringá.
Era o fechamento, em grande estilo, da edição 46 da Mostra de Música Cidade Canção, o tradicional Femucic. Calil lotado, inclusive no balcão.
A noite foi aberta pelo concerto da Orquestra Jovem Sesc Maringá, regida pelo maestro Renato Segati. Repertório do erudito a compositores populares do Brasil, com direito a uma cumbia.
No show de Zélia, que tem mais de 40 anos de carreira, a plateia viu uma artista em plena forma, acompanhada de banda afinada e sintonizada. A voz grave e marcante da atração principal se mantém forte e presente. A cantora alternou momentos somente com o microfone em mãos (mais a banda) e outros, munida de seus instrumentos de corda.

Logo de início, Zélia elogiou a boca de cena de grande extensão do Calil, teatro do qual já conhecia de apresentação passada. Ou seja, era uma volta ao maior equipamento público das artes cênicas na região Noroeste, que completará 30 anos em 2026 – foi inaugurado em 30 de dezembro de 1996.
Outro momento, inusitado, foi a presença de um grilo. Na verdade, de seu barulho característico, percebido pelo ouvido apurado da cantora de Niterói. Ela brincou com o fato de que era a primeira vez que um grilo acompanhava seu show. Claro que a plateia caiu na gargalhada com o intruso, cujo paradeiro ninguém conseguiu até agora encontrar. Mas Zélia ficou grilada, com o perdão do trocadilho. Levou na esportiva, ainda bem.
O público gostou tanto da apresentação (e a cantora também), que ficou até o fim, levantando das poltronas no bis.

Banda
No palco, Zélia foi acompanhada por Ézio Filho (direção musical e baixo), Webster Santos (violão, guitarra e cavaco), Léo Brandão (teclado e acordéon), Christiano Galvão (bateria), além de Senhorita Paola e Luanah Jones nos vocais.

Orquestra Jovem
A Orquestra Jovem Sesc Maringá brilhou neste sábado, 13 setembro, na noite de encerramento da edição 46 da Mostra de Música Cidade Canção, o tradicional Femucic.
Sob regência do maestro Renato Segati, com participação dos orientadores de atividades do Centro de Difusão Musical (CDM) @alunoscdm , o conjunto subiu ao palco do Teatro Calil Haddad para apresentar um repertório que cobre do erudito a compositores da música popular brasileira, passando também pela latinidade.
A Orquestra Jovem é uma das mais importantes atividades formativas de Maringá, recebendo cerca de 60 jovens em suas famílias sonoras. O grupo nasceu a partir do trabalho do CDM, que oferece educação musical gratuita e de qualidade em diversos instrumentos no Sesc Maringá. Mais do que isso, representa a transformação social, com inclusão e fortalecimento da cultura local. Aliás, existem inúmeros casos de músicos oriundos da Orquestra ou do CDM no mercado musical da cidade.

A Orquestra deu o “start” oficial do Femucic no dia 31 de agosto, com um concerto aberto e democrático no Parque do Ingá. Em seguida, começaram as oficinas no Sesc Maringá, conduzidas por Carol Panesi e André Siqueira (este voltou para a fase da Mostra). Quatro datas reservadas para o trabalho, cujo resultado foi apresentado pelos professores e alunos.
Na semana seguinte, três noites da Mostra, com profissionais da música de várias partes do Brasil (incluindo Maringá). Foram 16 artistas selecionados, representando um painel diversificado da produção sonora do país, desde solos instrumentais a bandas.
E finalmente a noite de encerramento, que teve ainda o show nacional de Zélia Duncan.
A apresentação do evento ficou a cargo da comunicadora da RPC Letícia Costa e do analista de Cultura do Sesc PR Cléber Borges.
