Confirmando a tendência de alta em 2024, a inflação em Maringá bateu em 0,96% no mês de abril – em março, havia sido de 0,79%. O dado é do Índice de Preços Regional Alimentos e Bebidas (IPR-Alimentos e Bebidas) do Estado do Paraná, que é aferido mensalmente pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
Entre os aumentos no quarto mês do ano, a alta de preços na Cidade Canção foi impactada principalmente pela subida de 22,79% no alho e de 18,80% na cebola. Já a costela bovina, +3,40%.
Curiosamente, é um fenômeno percebido também no cenário estadual, somando as seis cidades medidas periodicamente pelo IPR. Dos trinta e cinco produtos que compõem esse indicador, destacam-se as altas ocorridas em alho (18,63%), cebola (15,01%) e tomate (5,39%).
“Avaliam-se que os reajustes desses itens estão vinculados a safras concluídas ou em processo de finalização, o que resulta em redução de estoque e restrição de oferta, aliado ao cenário de quebra de safra da cebola e do alho”, diz o documento do Ipardes.
Regionalmente, o aumento do alho em abril foi mais expressivo em Maringá, 22,79%, acompanhado por Londrina, 21,95%, Ponta Grossa, 18,17%, Curitiba, 17,50%, Cascavel, 16,68% e Foz do Iguaçu, 14,91%.
Na outra ponta, as quedas de preços ocorreram em Maringá nos seguintes itens: banana-caturra, -15,52%; margarina, -4,81%; e bisteca suína, -4,75%.
Em todo o Estado, constatou-se preços menores em banana-caturra (-18,68%), feijão carioca (-7,12%) e feijão preto (-6,98%) devido as boas condições de produção favorecendo a disponibilidade de maiores volumes da fruta e das leguminosas.
No geral, a redução do preço da banana-caturra foi de 21,06% em Curitiba, seguida por Ponta Grossa (-20,99%), Londrina (-20,21%), Foz do Iguaçu (-19,91%), Maringá (-15,52%) e Cascavel (-14,12%).
Como é feito
O Ipardes divulga mensalmente a variação do Índice de Preços Regional – Alimentos e Bebidas (IPR – Alimentos e Bebidas), composto por 35 produtos, e de abrangência para o Paraná e os municípios de Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá e Ponta Grossa.
Os preços para o cálculo do índice são extraídos das Notas Fiscais ao Consumidor Eletrônica (NFCe) emitidas por estabelecimentos comerciais e disponibilizadas pela Receita Estadual do Paraná, respeitando os critérios de sigilo fiscal.
A composição da cesta de produtos reflete o padrão de consumo de famílias com renda entre 1 a 40 salários mínimos, retratado pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE de 2018.
Para o cálculo do IPR – Alimentos e Bebidas são utilizados, aproximadamente, 382 mil registros de notas fiscais eletrônica ao consumidor (NFC-e) emitidas por 366 estabelecimentos comerciais, distribuídos por seis municípios polos do Estado do Paraná.