O Brasil iniciou a produção de petróleo no campo de Bacalhau, localizado na Bacia de Santos, em águas ultraprofundas do pré-sal, em um projeto com potencial estimado em mais de um bilhão de barris de óleo equivalente. A operação representa um novo marco para o setor energético brasileiro e fortalece a participação do país na transição para uma produção mais eficiente e de baixa emissão.
O projeto é operado pela empresa norueguesa Equinor, em consórcio com a ExxonMobil, a Petrogal Brasil (joint venture entre a Galp e a Sinopec) e a estatal Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME). A expectativa é que o campo atinja uma produção diária de 220 mil barris e gere aproximadamente 50 mil empregos diretos e indiretos nos próximos 30 anos.
O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enfatizou que o início das operações em Bacalhau confirma a confiança internacional no país e o fortalecimento do arcabouço legal do setor energético.
“O início das atividades do projeto Bacalhau é uma demonstração da confiança internacional em nosso país e da segurança jurídica que nos foi garantida. O governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva está trabalhando para transformar o potencial energético do Brasil em desenvolvimento social, geração de empregos e oportunidades para os brasileiros”, afirmou Silveira.
Com reservas recuperáveis superiores a um bilhão de barris de óleo equivalente, o campo de Bacalhau reafirma a capacidade do Brasil de desenvolver projetos de alta complexidade tecnológica e baixo impacto ambiental. A unidade flutuante de produção (FPSO) de Bacalhau é uma das mais modernas do mundo e utiliza turbinas a gás de ciclo combinado que reduzem pela metade a intensidade média de carbono por barril produzido.
O projeto também é o primeiro em regime de partilha de produção no Brasil a ter um FPSO (Floating Production, Storage and Offloading por sua sigla em inglês) operado por uma empresa estrangeira, fortalecendo a cooperação entre empresas nacionais e internacionais. A PPSA atua como gestora do contrato de partilha, garantindo que os recursos gerados retornem à União e contribuam para o desenvolvimento econômico e social do país.
O projeto faz parte do programa Potencializa E&P, lançado pelo Ministério de Minas e Energia para aumentar a eficiência e atrair investimentos em exploração e produção, além de fortalecer a política de conteúdo local.
Com investimentos estimados em US$ 25 bilhões até 2030, o projeto Bacalhau estabelece novos padrões de eficiência energética e redução de emissões na indústria petrolífera brasileira.