Com 0,7813 ponto, Maringá terminou 2024 em boa situação fiscal. É o que revela a nova edição do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF).
Os melhores desempenhos estão nos quesitos autonomia e gastos com pessoal, que ficaram com as notas 1.000 e 0,8241, respectivamente, ambos classificados como “gestão de excelência”. Depois, vem liquidez, com 0,7816, “boa gestão”; e investimento, 0,5194, “gestão em dificuldade”.
Assim, com esse 0,7813 IFGF consolidado, a Cidade Canção figura na 1.362ª posição nacional e 206ª estadual.
No geral, os municípios do Paraná encerraram 2024 com uma boa situação fiscal. O IFGF médio do estado alcançou 0,7910 ponto — 21,1% acima da média nacional (0,6531 ponto). Das cidades analisadas, 344 (93,5% do total) terminaram o ano com situação fiscal boa ou excelente. Apenas 23 municípios (6,3%) encerraram 2024 em situação difícil e apenas um, Campo Magro, apresentou quadro crítico.
“É fundamental considerarmos que o cenário está melhor por conta dos resultados econômicos de 2024 e de maior repasse de recursos, mas que isso pode não se repetir em outros momentos. Também é importante frisar que, mesmo com maior folga fiscal, continuamos com uma parcela significativa de cidades em situação desfavorável, evidenciando desigualdades históricas e mantendo o Brasil longe de patamar elevado de desenvolvimento”, destaca o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, via assessoria.
Com base em dados declarados pelas prefeituras, o IFGF analisa as contas de 5.129 municípios brasileiros e é composto pelos indicadores de Autonomia, Gastos com Pessoal, Investimentos e Liquidez. Após a análise de cada um deles, a situação das cidades é considerada crítica (resultados inferiores a 0,4 ponto), em dificuldade (resultados entre 0,4 e 0,6 ponto), boa (resultados entre 0,6 e 0,8 ponto) ou de excelência (resultados superiores a 0,8 ponto). No Paraná, foram avaliadas as contas de 368 prefeituras, que representam 93,9% da população estadual.
Na análise por indicadores, os municípios paranaenses apresentaram bom desempenho em todos os resultados. O IFGF Autonomia registrou 0,6900 ponto, acima da média nacional (0,4403). Esse foi o indicador com desempenho mais baixo no estado. Já o IFGF Gastos com Pessoal alcançou 0,8702 ponto, revelando excelente flexibilidade orçamentária e baixo peso da folha de pagamentos no orçamento público. O indicador Liquidez registrou 0,7932 ponto, e o IFGF Investimentos, 0,8105 ponto — ambos também acima das médias nacionais.
A capital, Curitiba, terminou 2024 com IFGF Geral de 0,8499 ponto (excelente gestão), com notas máximas em Autonomia, Gastos com Pessoal e Liquidez. No entanto, o município – 10º colocado entre as capitais brasileiras – apresentou nível crítico em Investimentos (0,3994 ponto), registrando a 5ª pior nota das capitais nesse indicador.
Série histórica
Já na série histórica, que iniciou em 2013, o melhor ano para Maringá foi em 2020, quando alcançou a pontuação de 0,8362 no Índice Firjan de Gestão Fiscal. Ou seja, apresentou uma “gestão de excelência”.
Por sua vez, o pior ano ocorreu em 2017, com 0,6503. Ainda assim, uma “boa gestão”, nesses critérios de avaliação.