Colheita da 2ª safra de milho no Estado supera 64% da área de 2,77 milhões/ha plantados

Crédito: Ilustrativa/Cristiano Martinez

O milho da 2ª safra tem avançado no Estado e a colheita já passa de 64% dos 2,77 milhões de hectares plantados, conforme parcial do boletim semanal do Departamento de Economia Rural (Deral), que é ligado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

A produção total alcançou 17,06 milhões de toneladas, superando levemente a estimativa inicial de 16,8 milhões de toneladas. Isso a despeito dos impactos causados pela estiagem, geadas, ondas de calor e, em menor escala, por pragas como percevejos e cigarrinhas.

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“Já é possível afirmar, com certo grau de segurança, que esta é a maior safra da história tanto em volume quanto em área cultivada, mesmo com a perspectiva de que as lavouras remanescentes na região norte apresentem produtividade abaixo do previsto”, avalia o adm. Edmar Wardensk Gervasio, no documento do Deral.

Trigo
No caso do trigo, a Previsão Subjetiva de Safra de julho aponta uma área semeada de 833 mil hectares, com uma produção esperada de 2,6 milhões de toneladas. Esse volume representa um reajuste em relação aos 2,7 milhões previstos em junho.

Além de uma pequena revisão da área, a geada de 25 de junho impactou especialmente as produtividades da região Norte do estado. Espera-se que esta região tenha uma perda de 84 mil toneladas frente ao potencial de 880 mil, concentrando os problemas no estado.

Outras regiões também foram atingidas pontualmente, especialmente no caso de lavouras plantadas fora do zoneamento. Esses números ainda podem apresentar variações significativas, dada a incerteza quanto à extensão dos danos às plantas. As primeiras áreas prejudicadas pelas geadas serão colhidas em meados de agosto, momento em que se terá maior clareza sobre os prejuízos.

“O frio registrado nesta semana não deve causar prejuízos para a cultura do trigo, pois as temperaturas negativas foram registradas apenas na região de lavouras mais tardias. Adicionalmente, as chuvas que acompanharam a frente fria amenizaram o déficit hídrico em praticamente todo o estado, interrompendo uma sequência de mais de 20 dias sem precipitações em alguns municípios”, avalia o engenheiro agrônomo C. Hugo W. Godinho, pelo Deral.

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