Com alta expressiva, preço da cebola puxa inflação em Maringá

Imagem meramente ilustrativa (crédito: Freepik)

Se não fez chorar, a cebola ao menos pesou no bolso dos maringaenses. É o que revela o Índice de Preços Regional Alimentos e Bebidas (IPR-Alimentos e Bebidas) do Estado do Paraná, medido periodicamente pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

Em março deste ano, conforme consulta da reportagem, o preço dessa hortaliça teve aumento expressivo na Cidade Canção, chegando a 17,46%. Logo atrás, aparecem o tomate (14,21%) e o alho (13,22%).

Não por sinal, Maringá fechou o terceiro mês de 2024 com inflação de 0,79%. É abaixo de fevereiro (1,72%); mas longe de um ano atrás, quando marcou -0,09% em março de 2023.

Curiosamente, esse trio de alimentos está em sintonia com as variações do Estado em março de 2024. O IPR-Alimentos e Bebidas revela que as maiores altas mensais ocorreram em cebola (18,75%), tomate (14,54%) e alho (14,13%).

Segundo organizações que acompanham a produção agrícola, esses aumentos estão vinculados à restrição de oferta ao consumidor motivada por estoques reduzidos, esgotamento das áreas aptas para colheita e alterações climáticas que impactaram a maturação do tomate e qualidade dos bulbos.

Regionalmente, o aumento da cebola foi mais expressivo em Londrina, 21,62%, acompanhado por Ponta Grossa, 19,40%, Foz do Iguaçu, 19,37%, Curitiba, 18,36%, Maringá, 17,46% e Cascavel, 16,35%.

Na outra ponta, o indicador do Ipardes constatou preços menores em batata-inglesa (-20,74%), contrafilé (-3,81%) e óleo de soja (-3,17%), resultado da evolução da colheita do tubérculo e da intensificação do abate de animais ampliando a oferta ao consumidor.

No caso maringaense, o item com maior baixa também é a batata-inglesa (-21,71%), seguido da maçã (-6,99%) e do contrafilé (-5,72%). Inclusive, o primeiro alimento enfrentou queda em Curitiba foi de (-25,47%), seguida por Ponta Grossa (-22,12%), Cascavel (-19,53%), Foz do Iguaçu (-19,17%) e Londrina (-16,13%).

Doze meses
No estado, as maiores variações acumuladas nos últimos 12 meses foram a batata-inglesa, a cebola e a laranja pera com reajustes de 64,84%, 63,53% e 55,91%, respectivamente.

Na Cidade Canção, a cebola novamente dominou a escalada de preços, com alta de 67,18%. Em seguida, aparecem a batata-inglesa (64,26%) e a laranja pera (61,56%). No geral, a inflação está em +3,34%.

Já no contexto regional, nesse período a batata-inglesa sofreu acréscimo de 82,67% no município de Londrina, de 74,18% em Cascavel, de 62,28% em Curitiba, de 58,95% em Ponta Grossa e de 48,82% em Foz do Iguaçu.

E as quedas mais expressivas no Estado ocorreram em óleo de soja (-22,68%), farinha de trigo (-14,30%) e margarina (-11,17%). Cenário semelhante a Maringá, com óleo de soja (-23,15%), farinha de trigo (-20,34%) e café (-16,03%).

Nas outras cidades pesquisadas, a queda acumulada do óleo de soja foi de 24,92% em Curitiba, de 23,52% em Ponta Grossa, de 22,37% em Londrina, de 21,11% em Cascavel e de 20,94% em Foz do
Iguaçu.

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