A segunda safra de milho no Paraná sofreu nova redução em sua estimativa. Segundo o Boletim Semanal do Departamento de Economia Rural (Deral), a previsão passou de 14,7 milhões de toneladas para 13,2 milhões, representando uma perda de 10,5%, que equivale a 1,5 milhão de toneladas.
Já a colheita avançou e chegou a 4% dos 2,4 milhões de hectares plantados. “As consequências do calor bastante forte do início do ciclo devem ser observadas à medida que a colheita for evoluindo, com tendência de queda na produção”, ponderou Edmar Gervásio, analista da cultura no departamento, via AEN.
Do que está em campo, cerca de 51% podem ser considerados em condições boas, 32%, médias e 17% em situação ruim. “Isso é um indicativo de produção menor”, disse Gervásio.
O milho foi plantado mais cedo e ocupa parte do espaço da soja. No caso da oleaginosa, a colheita já encerrou com produção de aproximadamente 18,4 milhões de toneladas. A partir deste domingo (2) inicia-se o período de vazio sanitário com proibição de qualquer planta emergida de soja nas regiões Oeste, Centro-Oeste, Noroeste e Norte do Paraná durante 90 dias. O Sudoeste tem o período iniciado em 22 de junho, enquanto o restante do Estado, a partir de 21 de junho.
Trigo
Já a expectativa para o trigo continua de alta na produção, com previsão de se colher 3,8 milhões de toneladas, ultrapassando em 4% os 3,6 milhões de toneladas da safra 2022/23, ainda que a área possa diminuir de 1,42 milhão de hectares para 1,12 milhão de hectares (21% a menos).
Por enquanto foram plantados 59% da área e o desenvolvimento é bom para 82% das sementes que já estão a campo.