A menos de uma semana do Dia das Crianças, o comércio ao que tudo indica vai lucrar com as vendas. Do lado da clientela, as pessoas como quase sempre vão deixar para comprar o presente de filhos, netos, sobrinhos, afilhados, amigos, nos últimos dias antes do feriado.
A gerente de loja de calçados e confecções Fátima Sampaio de Castro percebe que o movimento de seu estabelecimento já mudou nos últimos dias, mas a expectativa para maiores vendas está mesmo na reta final que antecede o feriado. “É uma expectativa boa porque a gente vê os avós, pais, não deixam de dar presente”. Ela salienta que as vendas estão melhores que no mesmo período do ano passado e a divulgação fez com que as crianças fossem à sua loja. “Os calçados que vem com acessórios de brinquedos está sendo bem vendável e as crianças estão procurando, porque viram as propagandas”.
A plena de loja Simone Cristina Pagoto conta que pesquisa bastante antes de comprar o presente para seus filhos, já que tem três. “Eu sempre pesquiso para ver o que está mais em conta. Querendo ou não a gente está numa época difícil, então tem que fazer um certo balanço”. Seja uma lembrança e/ou passeio, a mãe faz a felicidade de seus filhos. “Elas não são aquelas crianças que estipulam o preço, então tudo para elas é motivo de alegria”. Normalmente, Simone prefere comprar no cartão de crédito para parcelar suas compras.
“A expectativa de melhores vendas é sempre para os últimos três, quatro dias [antes do feriado]”, explica a gerente de loja de variedades Vânia Miante. Ela comenta que, até esse mês, as vendas em seu comércio estão piores em relação a 2022. “Todos os meses do ano passado foram melhores que esse ano. Como nós temos muitas revendas, muitos clientes compram de nós para revender, então eu acredito que tanto roupas como brinquedos vão vender bem, mas não vai superar o ano passado”.
Já para a encarregada de loja de brinquedos Roseli Puerta de Brito, o que faz a diferença para se vender bem é a variedade de produtos e valores distintos. “Temos brinquedos acessíveis até o mais sofisticado e estamos preparados com estoque para receber bem os clientes”. Ela nota que o movimento de pessoas começou a aumentar, entretanto é só na reta final que as pessoas vão lotar as lojas. “Tem aquele ditado: ‘a pessoa sempre deixa para última hora’. Mas nós estamos preparados, segunda, terça e quarta que será nosso dia de mais venda em brinquedos”.
CLIENTES
O pequeno Daniel de Oliveira Ponciano Alves, de 12 anos, diz que está pensando em pedir uma arma de atirar de brinquedo, pois já está crescendo e merecendo por bom comportamento. “Agora eu estou maior e acho que me comporto bem, né mãe!?”. Sua mãe confirmou com sorriso no rosto. “Merecendo muito!”, exclama a manicure Rosângela Fortunato de Oliveira.
A mãe de Daniel estava acompanhando a irmã em compras para outro evento infantil e já de olho nos preços dos possíveis presentes. “Chegando perto do feriado vamos estar vindo aqui com certeza”.
A irmã da Rosângela, a diarista Tatiana Sônia Oliveira, estava comprando alguns itens para a festa de três anos da sua filha mais nova que vai ser em novembro e nos relatou que as outras duas crianças já ganharam algo diferente. “Já estão ganhando uma viagem de presente de Dia das Crianças, então já está bom, presentão”.
66,9% dos paranaenses pretendem presentear
Em pesquisa feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) e pelo Sebrae/PR, 66,9% dos paranaenses pretendem presentear no próximo dia 12 de outubro.
O percentual é menor do que no ano passado, quando 74,4% das crianças seriam presenteadas, mas esta é a terceira maior intenção de compras da série histórica da pesquisa, iniciada em 2016. O principal motivo para não presentear é não ter uma criança no círculo familiar ou social.
Quem tem criança em casa já deve ter recebido alguma dica ou até mesmo uma lista com os itens mais desejados. Obviamente, os brinquedos despontam na preferência e serão a escolha de 69,6% dos consumidores, percentual bastante acima dos 55,6% mencionados na sondagem do ano passado.
Roupas e calçados tiveram queda, ao passarem de 45,7% das menções em 2022 para 28,7% neste ano. Os jogos educativos também devem ter redução esse ano, com apenas 5,3% das citações, ante 9,6% em 2022. Da mesma forma os livros, que em 2022 receberam 5,1% das intenções de compra, este ano têm somente 2,8% das menções. (Da Redação)