Em mais um dia de otimismo para os países emergentes, o dólar comercial voltou a cair nesta quinta-feira (6), fechando em R$ 5,764, uma queda de 0,52%. Esse é o menor valor registrado desde 18 de novembro de 2024. A moeda norte-americana chegou a bater R$ 5,83 pela manhã, mas reverteu o movimento e atingiu R$ 5,74 na mínima do dia, antes de encerrar o pregão.
O desempenho do dólar reflete um movimento global de alívio nos mercados, especialmente após a decisão do governo dos Estados Unidos de suspender a sobretaxação de 25% sobre produtos mexicanos e canadenses. Com isso, as moedas de países emergentes, incluindo o real, foram beneficiadas.
Ibovespa Supera os 126 Mil Pontos
A bolsa de valores brasileira, medida pelo Índice Ibovespa, também teve um dia positivo, encerrando com alta de 0,55%, aos 126.225 pontos. Esse movimento foi impulsionado principalmente por mineradoras, varejistas e companhias aéreas, setores que se beneficiam de um real mais valorizado e de um ambiente externo mais favorável.
Outro fator que ajudou a bolsa foi a divulgação de dados da indústria e do setor de serviços, que indicam um desaquecimento da economia brasileira. Esse cenário reduz a pressão para novas altas da Taxa Selic no futuro, o que beneficia empresas listadas na B3.
Perspectivas para os Próximos Dias
Os mercados agora aguardam a divulgação dos dados do mercado de trabalho dos EUA, marcada para esta sexta-feira (7). O relatório pode influenciar diretamente a política monetária do Federal Reserve (Fed) e impactar a trajetória do dólar no Brasil.
No cenário interno, o Banco Central já confirmou que subirá a Selic para 14,25% ao ano em março, mas os investidores estão atentos para saber se haverá novos aumentos na reunião de maio. Caso a desaceleração da economia continue, a autoridade monetária pode adotar uma postura mais branda.
Se o real continuar se valorizando e os dados econômicos forem positivos, a bolsa brasileira pode ganhar ainda mais fôlego nos próximos dias.