Em um dia de alta volatilidade, o dólar comercial fechou a sexta-feira cotado a R$ 5,916, registrando um avanço de 1,5% e atingindo o maior patamar em mais de um mês. A valorização da moeda norte-americana refletiu tanto fatores domésticos quanto tensões internacionais, pressionando o mercado financeiro brasileiro.
A alta do dólar foi impulsionada pela nomeação da deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) para a Secretaria de Relações Institucionais, o que gerou incertezas sobre a política econômica do governo. Além disso, o desentendimento público entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky elevou a aversão ao risco nos mercados globais, contribuindo para o fortalecimento da moeda norte-americana.
Com isso, o dólar encerrou a semana acumulando alta de 3,25% e fechou fevereiro com valorização de 1,39%. Essa foi a maior cotação da moeda desde 24 de janeiro, refletindo o aumento da percepção de risco por parte dos investidores.
Ibovespa Tem Queda de 1,6% e Fecha o Mês no Vermelho
O Ibovespa, principal índice da B3, também sofreu com o cenário instável e caiu 1,6%, fechando o dia aos 122.709 pontos. A bolsa brasileira acumulou perdas de 3,41% na semana e terminou fevereiro com recuo de 2,64%.
Entre os fatores que pressionaram o mercado de ações, destacam-se:
- Resiliência da inflação nos EUA: O núcleo da inflação ao consumidor nos Estados Unidos ficou em 0,3% em janeiro, reforçando a incerteza sobre cortes de juros pelo Federal Reserve.
- Lucro menor da Petrobras: A queda nos ganhos da estatal também impactou negativamente o índice.
- Reações à indicação de Gleisi Hoffmann: Investidores temem que sua nomeação possa trazer desafios na relação do governo com o Banco Central e a política fiscal.
A instabilidade política e econômica continua sendo um fator de atenção para os mercados, com o dólar voltando a ser pressionado globalmente após o episódio envolvendo Trump e Zelensky, que elevou o índice da moeda norte-americana em relação a outras seis moedas internacionais.