“Essa obra representa respeito. É um problema que vinha ocorrendo há anos e ninguém tomava providência nenhuma. O que a gente está fazendo é demonstrar respeito pela população. Todo problema tem solução e está aí o resultado”, disse o prefeito de Maringá Silvio Barros, na manhã deste domingo, 13 abril, em conversa exclusiva com O Maringá.
Ele inaugurou a obra da trincheira drenante que foi realizada pela sua gestão em trecho da avenida Morangueira. É um local que sofria com alagamento crônico em período de chuvas, prejudicando população e comércio. Nas redes sociais, muitos haviam apelidado o local de “rio Morangueira”. A cerimônia deu o pontapé inicial da programação deste domingo dedicada aos 100 dias de governo da administração municipal.
Com investimento de R$ 300 mil da própria Prefeitura (sem contratação de empresa externa), foi feito um conjunto de drenos para que se pudesse absorver toda a água. Mas o prefeito avisa que não para aqui, pois será preciso descobrir os problemas que provocam o gargalo que faz com que a água desemboque nessa região da Morangueira, uma importante via de ligação com o Contorno Norte.
“O que a gente precisa identificar é porque ocorrem pontos de alagamento na cidade. Se a gente não sabe qual é o problema, não se vai conseguir encontrar a solução”, avalia Barros. “Aqui [na Morangueira], pelo menos conseguimos fazer redes de drenagem, abrir novas bocas de lobo, tem para onde a água escorrer”, destacando que o problema nesse trecho está resolvido. Mas, claro, em chuvas dentro da normalidade.
De maneira resumida, essa região – no trecho entre a Associação dos Funcionários Municipais de Maringá (AFMM) e o Posto Pupim – não possuía uma rede de drenagem eficiente e, em decorrência desse fator, quando chovia era muito comum essa área inteira ficar alagada. Assim, foram feitas as obras, por meio das secretarias de Limpeza Urbana e Infraestrutura, para implantação de um dreno natural, ampliação das galerias pluviais e instalação de novas bocas de lobo. Os serviços foram realizados pelas equipes do município com materiais da pedreira municipal.
Com esse trabalho, conforme informações da Prefeitura, gerou-se uma economia aos cofres públicos de mais de R$ 500 mil. Caso tivesse essa obra tivesse sido feita por meio de licitação, custaria cerca de R$ 840 mil.
Deputados
Com uma carreira de 36 anos na vida pública, o deputado federal Ricardo Barros relembrou que a avenida Morangueira foi duplicada em sua gestão enquanto prefeito de Maringá, entre 1989 e 1993. “Nós desapropriamos seis quadras inteiras, indenizando os comerciantes pelo lucro cessante. Fechou a loja, nós tínhamos de pagar o lucro quando a loja estava aberta. Então, custou muio caro à Prefeitura de Maringá fazer o alargamento, a duplicação, dessa avenida. Mas era importante, precisava ser feita”, afirmou, em sua fala, citando também obras de anos posteriores, como o sistema binário e a retirada da chamada “espinha de peixe” (o estacionamento no canteiro central) na avenida Brasil.
Ele disse que sempre havia resistência do comércio e da população. “Mas todas obras reconhecidas depois como importantes e necessárias”, fazendo analogia de que cabe ao líder enxergar atrás da montanha. “O que estamos discutindo aqui é a política de resultados”.
Já o deputado estadual Delegado Jacovós, destacou que a administração Silvio Barros, nesses 100 dias de governo, é “uma administração sem conversa fiada”, ou seja, sem enrolação. Ele também parabenizou a Prefeitura por ter feita uma obra na Morangueira com custo baixo.
Secretário e comerciante
Em sua fala, o secretário de Limpeza Urbana, Infraestrutura e Defesa Civil, Vagner Mussio, disse que o trabalho vai continuar em Maringá, pois a cidade tem vários pontos com o mesmo problema. Onde for possível, a ideia é fazer esse tipo de intervenção tal como na Morangueira, pois “é sustentável e acaba levando a água para o lençol freático”, destacando que não é uma obra cara, já que usa recursos próprios do município.
Durante seu discurso, Mussio fez questão de destacar o funcionário aposentado Dinho, que foi chamado novamente para trabalhar na obra; e a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), grande parceira no controle do trânsito durante as interdições para o trabalho na trincheira. Além do deputado federal Ricardo Barros.
E representando os comerciantes e empresários do bairro, o proprietário da oficina de reforma de carretas do Tio Lia disse que o problema de alagamentos ocorria há pelo menos 20 anos. “Depois dessa obra, já choveu bastante. Melhorou mil vezes. Eu só tenho a agradecer”.
