Após oito meses de sucessivos reajustes, o Índice Ipardes de Preços Regional Alimentos e Bebidas (IPR – Alimentos e Bebidas) para o estado do Paraná registrou queda de 0,82% durante o mês de maio. Em Maringá, a inflação também fechou em -0,82% nesse quinto mês do ano.
De maneira geral, o comportamento dos preços dos alimentos no estado foi reflexo de retrações observadas em todos os municípios pesquisados. A maior variação ocorreu em Londrina, com declínio de 1,29%, acompanhada por Foz do Iguaçu (-0,98%), Cascavel (-0,94%), Maringá (-0,82%), Curitiba (-0,57%) e Ponta Grossa (-0,30%).
No caso maringaense, os principais “puxadores” são o tomate, o feijão carioca e a banana-caturra, com quedas de -21,12%, -15,64% e -12,92%, respectivamente.
Aliás, o tomate liderou a queda em todos os municípios em que a pesquisa é realizada, com variação de -23,31% em Curitiba, de -21,43% em Cascavel, de -21,24% em Foz do Iguaçu, de -21,12% em Maringá, de -17,75% em Ponta Grossa e de -17,58% em Londrina.
“O avanço das colheitas proporcionaram a ampliação no volume da oferta de tomate, banana e laranja, resultando em preços menores ao consumidor. Por outro lado, a transição das safras da cebola e da batata-inglesa contribuíram para a elevação de seus respectivos preços no estado do Paraná”, diz o IPR do Ipardes.
Dos 35 produtos pesquisados, 20 apresentaram queda no mês de maio, registrando um índice de difusão de 57,14%. Os destaques foram as variações ocorrida no tomate (-20,43%), na banana-caturra (-10,26%) e na laranja-pera (-9,29%).
Por outro lado, cebola, batata-inglesa e margarina registraram reajustes de 13,95%, 7,50% e 2,76%, respectivamente. “No outro extremo, a cebola foi o produto com maior reajuste em Curitiba, 18,22%, em Ponta Grossa, 17,95%, em Maringá, 17,54%, em Londrina, 14,79% e em Cascavel, 13,87%. Já em Foz do Iguaçu o aumento mais acentuado ocorreu com a batata-inglesa, 7,27%”, diz a pesquisa.
Além da cebola, em maio na Cidade Canção a batata-inglesa registrou alta de 6,88% e a maionese, 3,91%.
Café em 12 meses
Como reflexo desse comportamento mensal, conforme o IPR do Ipardes, o índice acumulado para os últimos 12 meses retraiu a menor marca desde agosto de 2024, com variação de 8,82% para o período.
Essa métrica foi de 9,54% em Ponta Grossa, de 9,01% em Cascavel, de 8,78% em Curitiba e Maringá, de 8,53% em Londrina e de 8,24% em Foz do Iguaçu.
A variação acumulada para cada item pesquisado assinalou que a maior alta no Paraná ocorreu no café, 86,92%, seguido pelo óleo de soja, 26,72% e pernil suíno, 26,16%. Já os destaques com queda foram a cebola, 41,78%, a batata-inglesa, 35,27% e o feijão preto, 23,66%.
Nos últimos 12 meses, a elevação do preço do café foi de 95,71% em Londrina, de 90,91% em Curitiba, de 90,51% em Foz do Iguaçu, de 88,78% em Cascavel, de 81,32% em Ponta Grossa e de 75,03% em Maringá.
Na Cidade Canção, outros dois alimentos concentraram as altas: coxa/sobrecoxa, 32,93%; e óleo de soja, 29,14%.
A cebola apresentou queda em todos os municípios com variação de 47,28% em Ponta Grossa, de 42,82% em Maringá, de 42,48% em Foz do Iguaçu, de 42,42% em Londrina, de 38,74% em Cascavel e de 36,30% em Curitiba.
As baixas também se destacaram no cenário maringaense com batata-inglesa, -38,14%; e feijão preto, -21,5%.
Entenda
O Ipardes divulga mensalmente a variação do Índice Ipardes de Preços Regional – Alimentos e Bebidas (IPR – Alimentos e Bebidas), composto por 35 produtos, e de abrangência para o Paraná e os municípios de Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá e Ponta Grossa.
Os preços para o cálculo do índice são extraídos das Notas Fiscais ao Consumidor Eletrônica (NFC-e) emitidas por estabelecimentos comerciais e disponibilizadas pela Receita Estadual do Paraná, respeitando os critérios de sigilo fiscal.
A composição da cesta de produtos reflete o padrão de consumo de famílias com renda entre 1 a 40 salários mínimos, retratado pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE de 2018. Para o cálculo do IPR – Alimentos e Bebidas são utilizados, aproximadamente, 382 mil registros de notas fiscais eletrônica ao consumidor (NFC-e) emitidas por 366 estabelecimentos comerciais, distribuídos por seis municípios polos do Estado do Paraná.