Ao longo dos últimos 12 meses, três produtos pesaram no bolso dos maringaenses, levando a inflação para 7,77%, conforme dados do Índice Ipardes de Preços Regional Alimentos e Bebidas (IPR – Alimentos e Bebidas) do Estado do Paraná. A saber: café, com alta de 51,02% no período; alho, 35,85%; e óleo de soja, 33,45%.
A realidade maringaense está em sintonia com o cenário estadual. No Paraná, os principais itens com aumento acumulado entre março de 2024 a fevereiro de 2025 foram o café, 75,51%, o alho, 35,08% e o pernil suíno 31,91%. Nos últimos 12 meses o café registrou reajustes de 84,98% em Londrina, de 84,13% em Cascavel, de 82,37% em Ponta Grossa, de 80,50% em Foz do Iguaçu, de 72,63% em Curitiba e de 51,02% em Maringá.
O cálculo do índice acumulado para os últimos 12 meses apresentou uma leve oscilação frente ao último período, interrompendo a série de desacelarações iniciada em novembro, ao registrar variação de 9,09% na última apuração. Regionalmente, a maior variação acumulada para o período foi observada em Ponta Grossa (10,24%), acompanhada por Foz do Iguaçu (9,83%), Cascavel (9,06%), Londrina (8,98%), Curitiba (8,59%) e Maringá (7,77%).
Na outra ponta, a Cidade Canção registrou quedas de preços com a batata-inglesa (-59,46%), a cebola (-44,99%) e o feijão preto (-22,91%).
As principais baixas constatadas para esse período no território paranaense ocorreram em batata-inglesa, cebola e feijão preto com decréscimos de 58,18%, 41,17% e 26,09%, respectivamente. A batata-inglesa registrou queda de 61,00% em Curitiba, de 60,38% em Ponta Grossa, de 59,46% em Maringá, de 58,35% em Londrina, de 57,30% em Cascavel e de 51,98% em Foz do Iguaçu.
MARINGÁ – 12 MESES | |
ITEM | VARIAÇÃO (%) |
Aumentos | |
Café | 51,02 |
Alho | 35,85 |
Óleo de soja | 33,45 |
Quedas | |
Batata-inglesa | -59,46 |
Cebola | -44,99 |
Feijão preto | -22,91 |
Fonte: Ipardes |
Fevereiro
O IPR registrou variação de 1,50% no mês de fevereiro. Esse resultado foi 0,75 ponto percentual superior ao registrado em janeiro e 0,06 ponto percentual acima do observado em fevereiro de 2024. Sob a ótica da influência de cada item na aceleração mensal do IPR destacam-se as contribuições do café e do ovo de galinha.
Em termos regionais, todos os municípios abrangidos pela pesquisa registraram variações em patamares acima do observado no mês de janeiro. A maior alta ocorreu em Curitiba (2,07%), seguida por Maringá (1,62%), Ponta Grossa (1,57%), Cascavel (1,28%), Londrina (1,27%) e Foz do Iguaçu (1,20%).
No caso maringaense, as maiores altas no segundo mês de 2025 ocorreram com o ovo de galinha, o tomate e o café, com preços que variaram em 20,81%, 15,93% e 9,46%, respectivamente.
Dentre os produtos que compõem o IPR, os maiores aumentos mensais no Estado foram registrados em ovo de galinha (22,42%), café (11,84%) e batata-inglesa (8,47%).
“Ondas de calor, elevação dos custos de produção, restrição de oferta e picos de demanda, são alguns dos fatores que pressionaram os preços de ovo de galinha. As constantes altas do café refletem as quebras de safras dos últimos quatro anos, a redução de área plantada, as quedas dos estoques e o aumento do consumo mundial. Por fim, as chuvas interromperam a colheita de batata, diminuindo a disponibilidade ao consumidor”, diz o relatório do Ipardes.
Nos municípios em que a pesquisa é realizada o ovo de galinha registrou aumento de 26,48% em Cascavel, de 25,50% em Curitiba, de 21,83% em Foz do Iguaçu, de 21,08% em Ponta Grossa, de 20,81% em Maringá e de 18,99% em Londrina.
Por outro lado, três alimentos tiveram as maiores baixas na Cidade Canção: banana-caturra, -19,87%; maçã, -8,27%; e feijão preto, -6,91%.
As principais quedas registradas no Paraná ocorreram em banana-caturra (-13,63%), feijão preto (-8,25%) e feijão carioca (-8,21%). A retração nos preços desses produtos deve-se, especialmente, à ampliação da oferta ao consumidor. A banana-caturra apresentou a maior queda em Londrina (-24,64%), seguido por Maringá (-19,87%) e Ponta Grossa (-8,61%). Já em Curitiba e Foz do Iguaçu o principal destaque foi o feijão carioca com retração de -11,20% e -8,18%, respectivamente. Por fim, em Cascavel a queda de maior intensidade foi observada no feijão preto (-10,15%).