A reboque do cenário estadual, que foi de aceleração de preços, a inflação em Maringá chegou à marca de 2,10% em junho, conforme o Índice de Preços Regional Alimentos e Bebidas (IPR-Alimentos e Bebidas) do Paraná.
Aliás, o Estado apresentou variação de 1,86%. O resultado atual foi 0,83 ponto percentual superior ao observado durante o mês de maio (1,03%).
Em Cascavel, o reajuste foi de 2,76%, seguido por Maringá, 2,10%, Ponta Grossa, 1,82%, Londrina,1,81%, Curitiba, 1,40% e Foz do Iguaçu, 1,28%.
Com isso, o índice acumulado nos últimos 12 meses no Estado do Paraná registrou variação de 7,17%; já no primeiro semestre do ano de 2024 o IPR foi de 7,35%.
“Essa intensidade do índice nos seis primeiros meses do ano é influenciada por fenômenos climáticos como altas temperaturas e alterações regionais marcadas ou por chuvas intensas ou por períodos de seca gerando quebras de safra e menor produtividade”, diz o IPR-Alimentos e Bebidas.
Regionalmente, o índice acumulado entre julho de 2023 a junho de 2024 foi maior em Cascavel (8,69%), acompanhado por Foz do Iguaçu (7,41%), Londrina (7,32%), Ponta Grossa (7,16%), Maringá (7,02%) e Curitiba (5,40%).
Alta em junho
No caso maringaense, a alta passou de 0,20% em maio para 2,10% no mês seguinte. Os principais vilões para esse cenário em junho foram três itens da pesquisa: banana-caturra, com +19,68%; batata-inglesa, +13,53%; e alho, +9,73%.
No Estado, as principais altas ocorreram em batata-inglesa (11,78%), leite integral (9,10%) e queijo muçarela (6,94%). Por outro lado, as quedas mais significativas estiveram relacionadas ao feijão preto (-8,33%), cebola (-5,88%) e feijão carioca (-5,52%).

“O reajuste de preços da batata-inglesa foi reflexo do período de transição das safras e a consequente restrição de oferta do produto. No caso do leite, produto que mais contribui para o resultado mensal, as influências sazonais da entressafra, o desestímulo à importação e as perdas oriundas da catástrofe climática no Rio Grande do Sul alavancaram o preço do produto. No outro extremo, com abastecimento aquecido devido produtividade, os preços de feijão preto e feijão carioca ficaram mais baratos”, diz o indicador.
A variação no preço da batata-inglesa foi de 15,32% em Cascavel, de 13,57% em Curitiba, de 13,53% em Maringá, de 10,26% em Ponta Grossa, de 9,88% em Foz do Iguaçu e de 8,30% em Londrina.
Baixa em junho
Em junho, os produtos com maior queda de preços em Maringá se resumem ao feijão preto, de -8%; feijão carioca, -7,36%; e cebola, -6,50%.
No contexto estadual, a queda no preço feijão preto foi de 11,76% em Foz do Iguaçu, de 11,28% em Londrina, de 8,00% em Maringá, de 7,85% em Ponta Grossa, de 6,85% em Cascavel e de 3,99% em Curitiba.
Metodologia
O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) divulga mensalmente a variação do Índice de Preços Regional – Alimentos e Bebidas (IPR -Alimentos e Bebidas), composto por 35 produtos, e de abrangência para o Paraná e os municípios de Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá e Ponta Grossa.
Os preços para o cálculo do índice são extraídos das Notas Fiscais ao Consumidor Eletrônica (NFC-e) emitidas por estabelecimentos comerciais e disponibilizadas pela Receita Estadual do Paraná, respeitando os critérios de sigilo fiscal.
A composição da cesta de produtos reflete o padrão de consumo de famílias com renda entre 1 a 40 salários mínimos, retratado pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE de 2018.
Para o cálculo do IPR – Alimentos e Bebidas são utilizados, aproximadamente, 382 mil registros de notas fiscais eletrônica ao consumidor (NFC-e) emitidas por 366 estabelecimentos comerciais, distribuídos por seis municípios polos do Estado do Paraná.