Inflação em Maringá recuou 0,36% em setembro, diz indicador

Conclusão da colheita da batata-inglesa contribuiu para a queda de 13,53% nos preços do produto no Paraná (Crédito: Ilustrativa/Freepik

A queda foi mínima em setembro: 0,36%, conforme o Índice de Preços Regional Alimentos e Bebidas (IPR – Alimentos e Bebidas), calculado mensalmente pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

Mas foi o suficiente para manter Maringá em ritmo de deflação recente. Em agosto, a baixa havia sido de -1,07%.

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Segundo o indicador, os três itens que mais pesaram na redução de 0,36% ao longo do nono mês de 2023, na Cidade Canção, foram a batata-inglesa (kg), -13,74%; o ovo de galinha (dúzia), -7,28%; e o leite integral UHT (litro), -5,24%.

Segundo a pesquisa, a conclusão da colheita da batata-inglesa contribuiu para a queda de 13,53% nos preços do produto no Paraná. Da mesma forma, o recuo de 7,14% em ovo de galinha foi influenciado pelo aumento da produção, e a queda de 6,80% em leite integral reflete uma maior captação do produto nas propriedades rurais.

Do outro lado, as altas em setembro se concentram no tomate (kg), 8,87%; na maçã (kg), 7,32%; e no alho (kg), 7,27%.

Em todo o Paraná, a queda geral foi de 0,80%, marcando o quarto mês consecutivo de decréscimo. No mês anterior, o recuo do índice estadual foi de 1,11%.

Dentre os municípios abrangidos pela pesquisa, o declínio mensal mais expressivo ocorreu em Londrina, 1,61%, seguido por Curitiba com variação de -1,20%, Ponta Grossa, -0,93%, Cascavel, -0,43%, Maringá, -0,36% e Foz do Iguaçu, -0,26%.

No caso do tomate, em todo o Estado ocorreram acréscimos nos preços (10,25%), resultado da desaceleração da colheita da safra de inverno, de alho (5,36%) e de maçã (5,18%).

12 meses
Já no acumulado de 12 meses, os preços em Maringá registraram apenas -0,01%, conforme o IPR – Alimentos e Bebidas.

Entre os produtos, destaques para a queda do óleo de soja (900ml), -30,94%; peito de frango (kg), -26,84; e batata-inglesa (kg), -26,41%.

Na outra ponta, as principais altas ficaram com o tomate (kg), 70,74%; o molho e extrato de tomate (340g), 46,80%; e o arroz branco (5kg), 22,18%.

No contexto estadual, ainda sob efeito da última safra de grãos, o óleo de soja lidera as quedas dos últimos 12 meses com variação de -30,44%, acompanhado pelo peito de frango (-23,69%) e a batata-inglesa (-19,23%). No outro extremo estão os aumentos de 66,82% em tomate, 21,95% em arroz e 14,63% em molho e extrato de tomate.

“As consequentes quedas observadas no índice impactaram o resultado acumulado para o período de 12 meses, que apresentou, na apuração atual, variação de -1,27% no estado do Paraná”, diz o estudo.

No âmbito regional, essa métrica revelou retrações de intensidade distintas. Ponta Grossa registrou, entre outubro de 2022 a setembro de 2023, queda de 2,15%, seguido por Foz do Iguaçu (-1,95%), Curitiba (-1,77%), Londrina (-1,50%), Cascavel (-0,24%) e Maringá (-0,01%).

Ano
Em Maringá, no acumulado do ano, entre janeiro e setembro, o recuo foi mais perceptível: -2,17%.

Como é
O Ipardes divulga mensalmente a variação do Índice de Preços Regional – Alimentos e Bebidas (IPR – Alimentos e Bebidas), composto por 35 produtos, e de abrangência para o Paraná e os municípios de Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá e Ponta Grossa.

Os preços para o cálculo do índice são extraídos das Notas Fiscais ao Consumidor Eletrônica (NFC-e) emitidas por estabelecimentos comerciais e disponibilizadas pela Receita Estadual do Paraná, respeitando os critérios de sigilo fiscal.

A composição da cesta de produtos reflete o padrão de consumo de famílias com renda entre 1 a 40 salários mínimos, retratado pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE de 2018. Para o cálculo do IPR – Alimentos e Bebidas são utilizados, aproximadamente, 382 mil registros de notas fiscais eletrônica ao consumidor (NFC-e) emitidas por 366 estabelecimentos comerciais, distribuídos por seis municípios polos do Estado do Paraná.

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