Laranja, feijão preto e bisteca suína puxam inflação em Maringá, segundo indicador estadual

Feijão preto registrou alta de 6,31% em setembro, no mercado maringanse (Crédito: Ilustrativa/Freepik)

A inflação medida pelo Índice Ipardes de Preços Regional Alimentos e Bebidas (IPR – Alimentos e Bebidas) registrou alta de 0,29% em Maringá no mês de setembro.

É um cenário de alta também no Paraná, que cravou 0,72% em setembro, revertendo a tendência de queda observada nos meses de julho e agosto. “Esse resultado foi reflexo de aumentos constatados em todos municípios em que a pesquisa é realizada. A maior variação mensal ocorreu em Ponta Grossa, 1,44%; na sequência vieram Foz do Iguaçu (0,78%), Curitiba (0,68%), Londrina (0,61%), Cascavel (0,54%) e Maringá (0,29%)”, diz o Ipardes.

Vinte e quatro dos 35 produtos que compõem o IPR apresentaram aumento. Isoladamente, os maiores reajustes ocorreram em laranja-pera (7,20%), café (6,40%) e feijão preto (6,25%). Em contrapartida, as principais quedas foram registradas em cebola (-18,73%), batata-inglesa (-6,58%) e alho (-4,35%).

Segundo o Ipardes, a falta de chuva em regiões produtoras resultou na escassez de laranja em um momento de demanda aquecida, o que impulsionou o preço da fruta. Da mesma forma, o longo período de seca e a forte demanda externa reduziram à disponibilidade de café no mercado interno, elevando o preço do produto nos supermercados. Já o aumento do feijão preto está vinculado à finalização da safra e ao incremento das exportações, que reduziram a oferta interna.

No caso maringaense, três produtos puxaram a inflação no nono mês do ano: laranja-pera, com alta de 8,38%; feijão preto, 6,31%; e bisteca suína, com 4,37%.

Regionalmente, a laranja-pera sofreu acréscimo de 9,37% em Londrina, de 8,70% em Curitiba, de 8,38% em Maringá, de 8,04% em Cascavel, de 7,91% em Ponta Grossa e de 1,02% em Foz do Iguaçu.

Na outra ponta, as maiores quedas no mercado da Cidade Canção em setembro se concentraram na cebola, -19%; no tomate, -3,84; e no alho, -2,94%.

Desse modo, a queda da cebola foi de 22,09% em Curitiba, de 20,91% em Cascavel, de 19,06% em Londrina, de 19,00% em Maringá, de 17,08% em Ponta Grossa e de 14,02% em Foz do Iguaçu.

MARINGÁ – SETEMBRO
ITEMVARIAÇÃO (%)
Aumentos
Laranja-pera8,38
Feijão preto6,31
Bisteca suína4,37


Quedas
Cebola-19,00
Tomate-3,84
Alho-2,94
FONTE: IPARDES

12 meses
Nos últimos 12 meses, a inflação em Maringá foi de +7,98%, puxada principalmente pela alta em três produtos: batata-inglesa, que subiu 85,64%; laranja-pera, 82,47%; e arroz branco, 27,56%.

Nos últimos 12 meses, as principais altas acumuladas no Estado ocorreram em laranja-pera (79,84%), batata-inglesa (66,86%) e maçã (27,30%). Em contrapartida, as quedas mais relevantes foram observadas em tomate (-32,59%), margarina (-9,79%) e molho e extrato de tomate (-4,58%).

Nas regiões, Londrina apresentou o maior aumento no preço da laranja-pera, 92,54%, acompanhado por Cascavel, 87,35%, Maringá, 82,47%, Ponta Grossa, 79,96%, Curitiba, 78,35% e Foz do Iguaçu, 62,85%.

Do outro lado, o tomate apresentou queda de 38,42% em Maringá, de 36,58% em Curitiba, de 36,48% em Cascavel, de 30,07% em Ponta Grossa, de 29,74% em Londrina e de 23,03% em Foz do Iguaçu.

A baixa na Cidade Canção tem relação com o tomate, que registrou -38,42%; o molho e extrato de tomate, com -13,11%; e a margarina, -11,44%.

MARINGÁ – 12 MESES
ITEMVARIAÇÃO (%)
Aumentos
Batata-inglesa85,64
Laranja-pera82,47
Arroz branco27,56


Quedas
Tomate-38,42
Molho e extrato de tomate-13,11
Margarina-11,44
FONTE: IPARDES

Metodologia
O Ipardes divulga mensalmente a variação do Índice Ipardes de Preços Regional – Alimentos e Bebidas (IPR – Alimentos e Bebidas), composto por 35 produtos, e de abrangência para o Paraná e os municípios de Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá e Ponta Grossa.

Os preços para o cálculo do índice são extraídos das Notas Fiscais ao Consumidor Eletrônica (NFC-e) emitidas por estabelecimentos comerciais e disponibilizadas pela Receita Estadual do Paraná, respeitando os critérios de sigilo fiscal.

A composição da cesta de produtos reflete o padrão de consumo de famílias com renda entre 1 a 40 salários mínimos, retratado pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE de 2018.

Para o cálculo do IPR – Alimentos e Bebidas são utilizados, aproximadamente, 382 mil registros de notas fiscais eletrônica ao consumidor (NFC-e) emitidas por 366 estabelecimentos comerciais, distribuídos por seis municípios polos do Estado do Paraná.

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