Maringá concentra 10,4% das cervejas registradas no Paraná; município está em 15º lugar no ranking nacional

Segundo o Anuário da Cerveja da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Maringá ganha destaque especial, pois na edição de 2021 não figurava entre os quinze municípios com maior quantidade de cervejas registradas

Crédito: Ilustrativa/Unplash

Com muita água na boca, Maringá merece um brinde. Afinal, a Cidade Canção concentra 10,4% de todas as cervejas registradas no estado do Paraná. É o que revela o Anuário da Cerveja 2022, divulgado recentemente pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Em outras palavras, Maringá reúne 455 cervejas registradas, o que dá uma média de 50,6 por estabelecimento. Em nível nacional, aparece na 15ª posição da categoria.

Segundo o Anuário, a principal cidade do Noroeste do Paraná conquistou destaque especial, pois na edição de 2021 do documento não figurava entre os quinze municípios com maior quantidade de cervejas registradas.

Só para se ter uma ideia, segundo o Anuário, o município brasileiro com maior quantidade de registro de cervejas é São Paulo (SP), com 1.817 produtos registrados, o que corresponde a 14,7% de todas as cervejas registradas no estado paulista. Essa cidade tem 30,8 de cervejas registradas por estabelecimento.

Aliás, o estado possui 5 municípios entre os quinze com maior número de cervejas registradas: São Paulo, Itupeva, Várzea Paulista, Ribeirão Preto e Campinas.

Várzea Paulista possui a incrível marca de 699 produtos registrados em sua única cervejaria. Esta situação pode ser explicada pelo modelo de negócio conhecido como “cervejarias ciganas”, onde diferentes mestres cervejeiros que não possuem instalações próprias fabricam suas várias receitas de cerveja em uma única planta fabril.

Outra cidade paranaense bem cotada no ranking é Curitiba, no 4º lugar nacional. A Capital apresenta 1.168 cervejas registradas, uma proporção de 26,6% em relação ao Estado.

As cervejarias brasileiras alcançaram 42.831 produtos e 54.727 marcas de cerveja. Em relação a novos produtos, houve um crescimento de 19,8% ao total de produtos registrados que havia em 2021, o que representa 7.090 produtos a mais.

“Houve avanços significativos no processo regulatório dos últimos anos, inclusive com modernização dos padrões de identidade e qualidade da cerveja, o que proporcionou um incremento significativo no número de registros de produtos e de cervejarias. Como resultado, temos benefícios direto ao setor, conforme números retratados no anuário, e também aos consumidores que têm acesso a uma gama de produtos diferenciados, aproveitando ingredientes regionais e tipicamente brasileiros”, destacou o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, por meio do site do Mapa.

Crédito: Reprodução/MinC

Densidade
O Brasil possui uma cervejaria registrada para cada 123.376 habitantes. A marca representa um aumento de 10,4% na densidade cervejeira do país, que em 2021 era de 137.713 habitantes para cada estabelecimento.

Santa Catarina é a unidade da Federação em que os habitantes estão mais bem servidos com cervejarias, alcançando a primeira posição com a marca de um estabelecimento para cada 34.132 habitantes. Já São Paulo, apesar de ser o estado com maior número de estabelecimentos, se encontra na sexta posição, por ser mais populoso, apresentando uma cervejaria para cada 120.540 habitantes, valor próximo ao nacional.

Em relação aos municípios, essa é a primeira vez que uma cidade apresenta densidade cervejeira abaixo de mil habitantes por estabelecimento. Tal feito foi alcançado por Linha Nova/RS, o município com a mais alta densidade cervejeira no Brasil, apresentando uma cervejaria para cada 862 habitantes. O município conta com 2 cervejarias, para um total de 1.724 habitantes.

No caso do Paraná, três localidades se destacam entre os municípios que apresentam 10 ou mais cervejarias registradas. São elas: Curitiba, com 26 estabelecimentos, o que representa 16,1% da UF; Guarapuava (na região Centro-Sul), 11 estabelecimentos, o que dá 2,8% do Estado; e Ponta Grossa (nos Campos Gerais), 10 estabelecimentos, concentrando 2,5% das cervejarias paranaenses.

Crédito: Reprodução/Mapa

Setor
Os dados, referentes ao ano de 2022, mostram que o setor cervejeiro cresceu 11,6%, com a abertura de 180 novos estabelecimentos. Ao todo, o Brasil registra 1.729 cervejarias.

Não houve diminuição do número de estabelecimentos em nenhuma unidade da Federação. O destaque vai para Minas Gerais que, com aumento de 33 cervejarias registradas, superou Santa Catarina em 2022 e alcançou a terceira posição no ranking com 222 estabelecimentos. São Paulo se mantém como o primeiro Estado com maior número de cervejarias registradas, com total de 387 estabelecimentos, seguido do Rio Grande do Sul com 310 cervejarias.

Segundo o levantamento, a tendência de concentração de cervejarias na região Sudeste permanece, apresentando 798 estabelecimentos registrados, o que representa 46,2% do total de cervejarias do Brasil. Já a região que teve o maior crescimento relativo no ano foi a Norte, que apesar de contar apenas com 36 estabelecimentos, apresentou 20% de aumento no número de estabelecimentos registrados em comparação a 2021.

O número de municípios com pelo menos uma cervejaria também aumentou e agora um a cada oito municípios brasileiros possuem pelo menos uma cervejaria registrada. Isso quer dizer que são 722 municípios brasileiros com pelo menos uma cervejaria, o que representa um aumento da dispersão em 7,4% se comparado a 2021, quando havia ao menos uma cervejaria em 672 municípios brasileiros.

O Acre, Amapá e Roraima seguem sendo as únicas unidades federativas que possuem apenas um município com presença de cervejaria.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou a importância do setor cervejeiro para a economia nacional. “O setor é muito relevante, e os números apresentados aqui hoje mostram isso. O Mapa está aberto para que possamos continuar tendo números impressionantes”, disse, via Ministério.

Crédito: Reprodução/Mapa

Empregos
O setor cervejeiro no Brasil é historicamente relevante para economia nacional, gerando mais de 42 mil empregos diretos.

A região sudeste detém 57,8% dos empregos diretos, seguida das regiões Nordeste e Sul com, respectivamente, 16,8% e 14,7%. Na sequência temos o Centro-Oeste com 7,1% e a região Norte com apenas 3,7%.

O Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, atrás da China e dos Estados Unidos e deve alcançar, em 2023, o volume de vendas de 16,1 bilhões de litros, um crescimento de 4,5% em relação a 2022, de acordo com dados da empresa de mercado Euromonitor International, para o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja – Sindicerv.

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