Conhecida como “Fruta do Dragão” (“Dragon Fruit”, em inglês), a pitaya marca presença na produção da região de Maringá. Corresponde a 17,2% da fatia estadual. No Paraná, em 2023 essa fruta exótica tropical obteve uma safra de 3,2 mil toneladas em uma área colhida de 273,0 hectares, conferindo um VBP de R$ 27,5 milhões, sendo este o terceiro ano de acompanhamento da fruta.
Não à toa, a Cidade Canção vai sediar o 4º Simpósio Brasileiro e 2º Encontro Paranaense das Pitayas, a partir de quarta-feira, 21 maio, seguindo até sexta, 23. Será no Bondam Centro de Eventos do Parque do Japão.
Segundo informações oficiais, o evento nasceu com o objetivo de reunir produtores de pitayas de todo o Brasil, promovendo o desenvolvimento da cultura por meio da difusão de conhecimentos técnicos e científicos. A troca de experiências entre pessoas de todas as regiões do país tem grande efeito no avanço tecnológico dos cultivos.
Desde sua introdução no país nos anos de 1980, a pitaya, trazida do México e da América Central, conquistou espaço no cenário agrícola nacional. A fruta ganhou notoriedade, criando assim oportunidades a diversos empreendedores.
A demanda crescente por alimentos saudáveis e exóticos impulsionou a expansão do cultivo, posicionando o Brasil como um dos maiores produtores na América Latina, com uma diversidade impressionante de cultivares. Além de atender ao mercado interno, a fruta brasileira ganhou reconhecimento internacional, sendo exportada para países da Europa e da Ásia.
“Este evento é mais do que um ponto de encontro, é uma oportunidade única de compartilhar experiências, aprimorar técnicas e fortalecer a cadeia produtiva; reunindo os principais players do setor. Uma oportunidade para valorização dessa cultura promissora no Brasil e que já é uma realidade a nível mundo”, diz a divulgação.
Produção estadual
A produção estadual de pitaya está distribuída também pelas regiões de Cornélio Procópio (25,8%), Apucarana (15,3%), Jacarezinho (13,2%) e Cascavel (11,4%), conforme dados apresentados no mais recente boletim do Departamento de Economia Rural (Deral).
A fruta está presente em 126 municípios paranaenses sendo Carlópolis – na região de Jacarezinho – o principal município produtor com área de 20 ha (7,3% do espaço), em volumes colhidos (350 t.) e VBP (R$ 3 milhões), participando com 10,8% destes indicadores.
Histórico
No Brasil, a pitaya era considerada uma planta ornamental até os primeiros registros de plantios comerciais se deram no início dos anos 2000 e comercialização no atacado em 2005 nas Ceasas/Rio de Janeiro.
Segundo o Censo Agropecuário 2017 do IBGE, a área é de 536,0 hectares (ha) com produção de 1,5 mil toneladas (t) que geraram à época um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 9,1 milhões distribuídos em 640 estabelecimentos com a atividade.
A produção se concentrou em quatorze estados do país, sendo destaque em São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais, cujas parcelas do VBP de 41,6%, 21,5%, 11,1%, respectivamente demonstram a alavancagem da atividade, participando estes três estados com 74,2% do montante financeiro gerado. Sobre a lente nacional nosso estado seria o sétimo produtor nacional com cota de 3,5% deste VBP.
Serviço
4º Simpósio Brasileiro e 2º Encontro Paranaense das Pitayas
De 21 a 23 de maio
Maringá
Bondam Centro de Eventos do Parque do Japão
Av. Arquiteto Nildo Ribeiro da Rocha, 7070 – Jardim Ipanema
Informações: https://www.pitayas.agr.br/
Programação: https://www.pitayas.agr.br/programacao