Maringá tem 18,7 mil mulheres a mais do que homens, segundo o Censo 2022

Censo 2022 faixa das mulheres editado

Movimento na avenida Brasil, em Maringá (Crédito: Arquivo/OM)

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Repetindo o cenário nacional, a população feminina domina quantitativamente o município de Maringá. É o que revela o Censo Demográfico 2022, cujos dados mais recentes foram divulgados nesta sexta-feira, 27 de outubro.

Na Cidade Canção, segundo consulta da reportagem, são 214.210 mulheres e 195.447 homens, de uma população total de 409.657 pessoas residentes nessa cidade. Ou seja, 18.763 do gênero feminino a mais do que o masculino.

Em termos percentuais, a realidade maringaense é de 52% de mulheres e 48% de homens. A densidade demográfica é de 841,16 habitante por quilômetro quadrado.

Já na pirâmide etária, a concentração feminina maior é na faixa de 30 a 34 anos, com 16.639 mulheres (4,06%) e 16.137 homens (3,94%).

É um fenômeno diferente de outras regiões brasileiras, onde predomina a população feminina no grupo etário de 25 a 29 anos, sendo que no Nordeste isso acontece já no grupo de 20 a 24 anos. No grupo de 90 a 94 anos, no Brasil, há praticamente o dobro de mulheres, com uma razão de sexo de 50,4. Já no grupo etário mais elevado, de 100 anos ou mais, esse indicador ficou em 38,8.

Na razão de sexo por grupos etários no Brasil e nas grandes regiões mostra uma maior proporção de homens na população com até 19 anos de idade, partindo de 103,5 homens para cada 100 mulheres na faixa de 0 a 4 anos.

Em Maringá, isso se confirma em todos os grupos, que vão do nascimento a pouco mais da adolescência. Por exemplo, de 0 a 4 anos, a fatia masculina é de 2,71% contra 2,58%, feminina.

“A maior incidência de homens nas primeiras idades é uma consequência do maior nascimento de crianças do sexo masculino em relação àquelas do sexo feminino. O maior contingente de homens diminui com a idade devido à sobre mortalidade masculina, mais intensa na juventude devido às mortes por causas externas”, explica a gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, Izabel Marri, via Ag. IBGE Notícias.

Concentração urbana
Dos municípios que formam a concentração urbana de Maringá, segundo o critério do Censo 2022, quase todos têm maioria da população residente composta por mulheres; mas com maior equilíbrio. Em três cidades, a situação é de igualdade, ou seja, de 50/50.

No caso de Iguaraçu, homens são 2.643 (50%) e mulheres, 2.695 (50%); total: 5.338 pessoas. Já em Ourizona: homens, 1.604 (50%), e mulheres, 1.583 (50%), somando 3.187. E Presidente Castelo Branco, com 2.155 homens (50%) e 2.181 mulheres (50%), totalizando 4.336 habitantes.

Nas demais localidades, a proporção é de 51% para mulheres e 49% paras os homens, variando, claro, de acordo com os números próprios: Floresta, Itambé, Mandaguaçu, Marialva e Sarandi.

Brasil
Em todo o Brasil, 51,5% (104.548.325) eram mulheres e 48,5% (98.532.431) eram homens, ou seja, havia cerca de 6 milhões de mulheres a mais do que homens em 2022.

A razão de sexo, número de homens em relação ao grupo de 100 mulheres, foi de 94,2. Isso mostra que a tendência histórica de predominância feminina na composição por sexo da população se acentuou: em 1980, eram 98,7 homens para cada 100 mulheres; em 2010, 96,0.

“Isso está relacionado com a maior mortalidade dos homens em todos os grupos etários: desde bebê até as idades mais longevas, a mortalidade dos homens é maior. Além disso, nas idades adultas, a sobremortalidade masculina é mais intensa. E, com o envelhecimento populacional, a redução da população de 0 a 14 anos e o inchaço da população mais idosa há um aumento da proporção de mulheres, já que elas sobrevivem mais em relação aos homens”, analisa Marri.

Esse comportamento de aumento na proporção de mulheres se repete em todas as grandes regiões. Desde 2000, a região Sudeste tem a menor proporção de homens, com uma razão de sexo de 92,9 em 2022. A maior razão de sexo está na região Norte (99,7), sendo a primeira vez na série que essa região se mostrou com maior número de mulheres do que homens.

As unidades da federação com menores razões de sexo são Rio de Janeiro (89,4), Distrito Federal (91,1) e Pernambuco (91,2). Já Mato Grosso (101,3), Roraima (101,3) e Tocantins (100,4) tem mais homens do que mulheres. “Além do envelhecimento populacional, também os efeitos da migração influenciam as razões de sexo de cada local”, explica Marri.

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