Ministro da Fazenda do Brasil pede ao FMI que taxe os super-ricos

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Imagem meramente ilustrativa Foto: Marcelo Casal Jr/ABR

Em carta enviada ao Fundo Monetário Internacional (FMI), o ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, defendeu a criação de um imposto global sobre os super-ricos para financiar o combate à crise climática e reduzir a desigualdade social, informou a Agência Brasil nesta quarta-feira.

A proposta foi apresentada durante a reunião anual conjunta do FMI e do Banco Mundial, realizada esta semana em Washington, em documento assinado por Haddad e entregue pela Secretária de Assuntos Internacionais, Tatiana Rosito.

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O texto defende uma reforma tributária internacional progressiva e uma “nova globalização” pautada por critérios sociais e ambientais. Segundo o Ministério da Fazenda, a mensagem resume a visão do Brasil de que “chegou a hora de os super-ricos pagarem sua justa parcela de impostos”.

“O sistema tributário global continua inadequado, permitindo uma concentração de riqueza sem precedentes e facilitando a sonegação fiscal em larga escala”, afirma a carta, descrevendo a desigualdade como uma falha estrutural que ameaça a estabilidade econômica e a coesão social.

No âmbito interno, Haddad ressaltou que a política econômica brasileira busca consolidar as finanças públicas com justiça social e caminhar para uma tributação progressiva, em linha com o Plano de Transformação Ecológica promovido pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro enfatizou que o ajuste fiscal deve ser realizado “sem sacrificar a equidade” e sem afetar o consumo popular ou os programas sociais.

No âmbito internacional, o documento expressa a preocupação do Brasil com o aumento de medidas protecionistas e unilaterais, que “alimentam a incerteza e ameaçam o crescimento global”.

Haddad instou o FMI e o Banco Mundial a liderarem uma transição para um sistema econômico mais estável, verde e inclusivo e pediu uma reforma na governança do fundo para ampliar a participação dos países em desenvolvimento.

“Fortalecer o multilateralismo, a equidade tributária e a sustentabilidade ambiental são condições essenciais para uma economia global mais verde, estável e inclusiva”, conclui a carta. 

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