Mulheres são responsáveis pela maioria das vagas de emprego com carteira em Maringá

Em 2022, as mulheres foram responsáveis pela maioria das vagas de emprego com carteira assinada geradas em Maringá. Dos 4.241 postos na Cidade Canção, 2.151 ficaram com a força feminina.

O número é resultado de consulta da reportagem ao painel de informações do Novo Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados -, apresentado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

De janeiro a dezembro do ano passado, a economia maringaense admitiu 42.141 mulheres e desligou 39.990, resultando nesse saldo de 2.151 postos. Já do outro lado, foram 50.028 contratações de trabalhadores e 47.938 demissões, fechando em 2.090 novos empregos de homens.

Entre os setores analisados pelo Caged, o melhor desempenho ficou com Serviços, que gerou sozinho 1.551 vagas para o público feminino; seguido do Comércio (514), Indústria (54), Construção (19) e Agropecuária (13).

Já na área de abrangência da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep), os 30 municípios somaram 450 novas vagas com carteira para as trabalhadoras ao longo de 2022. A Cidade Canção é a que mais contratou da região. Em seguida, vem Mandaguari, com 369; Paiçandu (254); e Sarandi (203).

O resultado maringaense está em sintonia com o Estado. No ano passado, foram criados 67.185 postos de trabalho formais para elas no Paraná, o que representa 56,86% de todas as 118.149 colocações com carteira assinada registradas durante 2022.

De acordo com as informações do Ministério do Trabalho e Previdência, a quantidade de mulheres encaixadas em vagas no Paraná representou 31,1% a mais que o número do Rio Grande do Sul (51.248) e 50,8% a mais que Santa Catarina (44.534). Em termos absolutos, o Estado gerou 17% mais vagas que o Rio Grande do Sul (100.773) e 30% a mais que Santa Catarina (90.355).

No comparativo geral, o Paraná foi o quarto maior empregador de mulheres em números absolutos, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, estados mais populosos.

“Os números relacionados a emprego para mulheres demonstram o bom desempenho do Paraná em oferta de vagas e refletem o compromisso do Governo do Estado em tratar com prioridade os programas, projetos e ações voltados a ampliar as oportunidades aos paranaenses no mercado de trabalho”, afirma o secretário do Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes.

Em 2022, a maior parte das vagas foi ocupada por trabalhadoras com ensino médio incompleto (50.287). Em segundo, trabalhadoras que possuem graduação, com 5.588 vagas ocupadas. Na sequência estiveram as que possuem ensino médio incompleto (5.237), superior incompleto (2.570), fundamental completo (2.545), fundamental incompleto (518) e 440 analfabetas declaradas.

Formação
Segundo a Secretaria de Trabalho, Qualificação e Renda, do total de 5.984 empregos formais gerados para quem tem graduação em 2022, 5.588 foram ocupados por mulheres, o que representa 93,38% de todos os empregos relativos ao ensino superior no Paraná.

“É inegável o preparo das mulheres para enfrentar o mercado de trabalho, o que fica evidente quando dados do próprio Caged apontam que 93,38% dos empregos oferecidos a quem tem nível superior são ocupados por elas”, comentou Moraes.

Em relação à idade, as mulheres que tiveram mais chance ocupam a faixa etária de 18 a 24 anos, com 35.799 postos de trabalho preenchidos, enquanto que a menor oferta ficou para trabalhadoras de 25 a 29 anos, com 6.115 vagas.

Geral
Na soma de vagas para homens e mulheres, os municípios que compõem a Amusep geraram 7.607 vagas de emprego com carteira de trabalho em 2022.

Segundo os dados, Maringá é cidade com melhor desempenho na região. Sozinha, a Cidade Canção criou 4.241 postos de trabalho formal. Em outras palavras, o número de admissões (92.169) superou os desligamentos (87.928) entre janeiro e dezembro do ano passado.

Todos os setores avaliados fecharam com saldo positivo os 12 meses passados, com destaque para Serviços, 2.523 vagas; e Comércio, 1.177. No segundo pelotão, aparecem Indústria (278) e Construção (224). Já Agropecuária, 39.

Aliás, Maringá ficou atrás apenas de Curitiba (30.452 novas vagas), Londrina (7.023) e São José dos Pinhais (6.603), na geração de empregos em 2022. Depois, aparecem Ponta Grossa (3.633), Toledo (3.574), Foz do Iguaçu (2.852), Pinhais (2.579), Francisco Beltrão (1.599) e Fazenda Rio Grande (1.411).

Três em cada quatro municípios paranaenses tiveram saldo positivo na geração de empregos em 2022. Das 399 cidades, 299 tiveram mais contratações do que demissões no ano. Nas outras 100, o saldo foi negativo, com mais desligamentos do que admissões.

Depois da Cidade Canção, o melhor desempenho na região é de Mandaguari, que conseguiu gerar 793 novos postos de trabalho formal ao longo de 2022.

No município próximo de Maringá (a 32 km), as 6.062 contratações ficaram acima das 5.269 demissões. Tudo graças ao desempenho da Indústria, que criou 457 vagas; Serviços (149); Comércio (142); Construção (44); e Agropecuária (1).

Em seguida, vem Paiçandu (435), Marialva (351), Colorado (264), Mandaguaçu (261), Nova Esperança (246) e Santa Fé (225), entre as cidades acima de 200 vagas geradas ao longo de 12 meses.

No lado oposto, Iguaraçu (-140), Ivatuba (-29), Ourizona (-17) e Presidente Castelo Branco (-16) fecharam o ano de 2022 no negativo.

Com Ag. Estadual de Notícias