Pequenos negócios em Maringá foram os que mais geraram empregos em 2020

Desde o início da covid-19, muitas pessoas usaram da criatividade para reformular-se no mercado de trabalho. Na cidade durante a pandemia houve um aumento de 4.979 novos empreendedores

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Sirlene a esquerda entregando com carinho e dedicação a paixão que é o trabalho. FOTO-ARQUIVO PESSOAL.

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Desde o começo da pandemia muitas pessoas que perderam os empregos e estão tendo que se adaptar para conseguir ter a própria renda. Usando a criatividade típica de nós, brasileiros, alguns decidiram abrir o próprio negócio. Segundo informações do Sebrae/PR, no período de janeiro/2019 a janeiro/2021 houve um aumento de 20% na formalização de novos empreendimentos. Em Maringá durante a pandemia o aumento foi de 4.979 novos empreendedores.

É o caso da empresária Sirlene de Souza que perdeu o emprego no início do ano passado. “Eu estava trabalhando como assistente de processos e qualidade em um grupo de concessionárias aqui de Maringá. Por conta da pandemia, fui desligada com os demais e foi onde surgiu a ideia de dar mais foco na fabricação e divulgação das minhas massas. Amo cozinhar e já vendia meus produtos mesmo trabalhando fora. Assim, encontrei no momento de dificuldade a oportunidade para vender meus produtos e fazer minha renda mensal” diz.

Sirlene ressalta que encontrou nessa paixão uma forma de renda. “Hoje meu foco maior é o nhoque recheado. Trabalho com variadas massas e também recheios. Amo muito que estou fazendo e a tendência é não parar mais”, afirma.

De acordo com a consultora do Sebrae/PR, Rosineide Pereira, os motivos que levam as pessoas a empreender, aliás, são bastante diversos e com o início da pandemia, isso se intensificou mais. “Há empresários que, por necessidade, criam o próprio negócio após perder o emprego, para quem quer sair da informalidade, como há também aqueles que encontraram no empreendedorismo uma oportunidade de renda extra e de aumentar a sua perspectiva de ganhos financeiros”, afirma.

A proprietária da SpeedShirts Elisangela Oliveira, também viu na pandemia uma forma de inovar. Há dez anos no mercado, confecciona roupas de corrida, camisetas personalizadas e tecidos fitness. “Estamos neste ramo há muito tempo, confeccionando roupas. Na pandemia as vendas começaram a cair, então, para suprir os negócios, decidimos confeccionar mascaras e iniciamos as vendas no varejo nas plataformas virtuais”, conta. 

Elisângela ressalta que a sobrevivência do negócio veio por causa da fabricação de máscaras e que no começo foi muito difícil. “Nos dois primeiros meses de pandemia, foram momentos difíceis. Logo no início, ficamos 15 dias fechados, aí surgiu o medo, cheguei até a pensar que a loja poderia sair do mercado”, afirma. 

Mas a empresa conseguiu se reinventar e manteve as portas abertas. Segundo Oliveira, as máscaras venderam muito desde o ano passado, fazendo com que a empresa fabricasse cada vez mais.

Assim como Sirlene e Elisângela, Juliana da Rocha também inovou na culinária. “Apresentei durante três anos um programa de televisão em um canal aberto aqui de Maringá, onde tive a oportunidade de conhecer histórias maravilhosas, mas com a pandemia, as coisas começaram a mudar”, diz.

Segundo Juliana, de uma hora para outra, contratos foram suspensos. Começou a ter depressão, mais uma filha chegando à família e tudo isso se tornando um grande caos financeiro, emocional e pessoal. “Até que conheci o empreendimento “BRIE FOR YOU” em Umuarama. Minha sogra lançou esta marca com tábuas de frios, para atender clientes exigentes, com uma experiência gastronômica”, relata.

Rocha se apaixonou pela ideia. Formada em nutrição, ela criou a “Brie for you Maringá” com mais opções gourmet nesta linha. Sendo uma das grandes paixões dela, Juliana afirma que a atividade que antes era apenas uma terapia, agora se tornou a principal fonte de renda da casa. O objetivo daqui para frente é focar e se especializar cada vez mais.

Pereira ainda relata que abrir o MEI é a principal porta de entrada para o empreendedorismo, tornando a empresa mais profissional possível. “O microempreendedor individual é uma empresa como qualquer outra, mas com benefícios que nenhuma outra tem”, explica.

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