Com área estimada de 5,8 milhões de hectares, a soja já atingiu no Paraná 31% de seu plantio, conforme dados do Boletim Semanal do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab). O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira, 11 de outubro.
“Neste meio de semana as condições estão favoráveis em praticamente todo o Estado para o plantio e no relatório da próxima semana devemos superar os 40% plantados da área de soja”, diz o documento.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em todo o Brasil a produção prevista da soja em grão alcançou 151,2 milhões de toneladas, aumentos de 0,6% em relação a agosto e de 26,5% comparado a 2022, devendo representar quase metade do total de cereais, leguminosas e oleaginosas produzidos no país no ano.
E o sorgo (em grão), a estimativa de setembro para a produção foi de 4,1 milhões de toneladas, aumentos de 3,2% em relação a agosto, e de 43,3% ante 2022.
Por sua vez, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) diz que as estimativas são de crescimento tanto na área como na produtividade, mas em uma velocidade menor que o registrado no último ano-safra.
Com uma área prevista de 45,18 milhões de toneladas e uma produtividade média inicial estimada em 3.586 quilos por hectare, a produção deve alcançar um pouco mais de 162 milhões de toneladas. Se confirmado o resultado, o volume a ser colhido será um novo recorde para a cultura. “O plantio da oleaginosa segue um bom ritmo no Paraná, com 20% da área já semeada. Em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul o percentual de área cultivada atinge 19,1% e 8% respectivamente”, afirma o 1º Levantamento da Safra de Grãos 2023/24.
Milho
Voltando ao Boletim do Deral, nesta semana o percentual plantado da safra de milho 2023/24 no Paraná chegou a 85% dos 314 mil hectares estimados para esta safra.
No campo as lavouras têm condição boa para 95% da área e apenas 5% apresentam condição mediana.
“Já os preços do cereal permanecem estáveis com um viés de alta pela conjuntura atual: Real desvalorizado frente ao dólar quando comparado a setembro, redução da oferta do cereal no mercado, principalmente pelo ritmo forte das exportações pelo Brasil que deve confirmar ao final do ano como sendo o maior exportador de milho do mundo”, afirma o Boletim preparado pelos técnicos do Deral.
No cenário brasileiro, a estimativa do IBGE para a produção do milho apresentou um acréscimo de 3,1% em relação ao mês anterior, totalizando 131,8 milhões de toneladas, volume 19,6% maior que em 2022. A alta de quase 4,0 milhões de toneladas, em relação a agosto, deve-se aos avanços da área plantada e colhida em 0,7%, assim como do rendimento médio, em 2,4%.
O milho 1ª safra apresentou um decréscimo de produção de 200,0 mil toneladas em setembro em relação a agosto, declínio de 0,7%, em decorrência das reduções de 0,5% na área colhida e de 0,2% no rendimento médio. A produção totalizou 28,0 milhões de toneladas.
A estimativa do milho 2ª safra foi de 103,8 milhões de toneladas, alta de 4,2% em comparação a agosto de 2023. Houve acréscimos de 1,1% na área colhida e de 3,1% no rendimento médio. Em relação ao mesmo período no ano de 2022, houve aumentos de 22,4% na produção; de 6,9% na área a ser colhida e de 14,5% no rendimento médio.
E para o levantamento da Conab, levando em conta as três safras do grão, as previsões apontam para uma redução de 4,8% na área plantada, projetada em 21,19 milhões de hectares, e de 4,9% na produtividade média, chegando a 5.636 quilos por hectare. O cultivo do cereal no primeiro ciclo já teve início nos três estados da região Sul do país. “Diante deste panorama, a produção total esperada para o cereal na safra 2023/24 é de 119,4 milhões de toneladas frente às mais de 130 milhões de toneladas colhidas no ciclo passado”, projeta o texto.