Produção de café no Paraná deve superar em 42% a safra anterior

Estimativa do café foi apresentada nesta semana no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 28 de julho a 3 de agosto. O documento preparado pelos técnicos do Deral projeta uma área plantada em idade produtiva de 25.800 hectares

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Crédito: Arquivo/IDR Paraná

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Ouro verde de outros tempos, a produção de café no Paraná deve atingir a marca de 41.400 toneladas (cerca de 690 mil sacas) na atual safra, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab). É um volume 42% maior que o obtido na colheita anterior, de 29,2 mil toneladas.

A estimativa foi apresentada nesta quinta-feira, 3 de agosto, no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 28 de julho a 3 de agosto. O documento preparado pelos técnicos projeta uma área plantada em idade produtiva em 25.800 hectares.

“O último levantamento de campo do Deral, de 31 de julho, estima que a colheita atingiu 63% do volume esperado para a atual safra. Este percentual está um pouco abaixo da média para o período, por conta da maturação desuniforme dos frutos, ocasionada pelas floradas tardias nos meses de novembro e dezembro do ano passado”, diz o Boletim consultado pela reportagem.

O relatório aponta ainda que 96% da produção por colher encontra-se em maturação e 4% em fase de frutificação, sendo que 91% das lavouras estão em boas condições.

Mercado
O mercado físico permanece calmo e segue pressionado pelo avanço da colheita da safra do Brasil, maior produtor e exportador mundial de café. “Os produtores continuam retraídos, com poucos negócios realizados por conta dos baixos preços praticados, vendendo apenas o necessário para custear despesas imediatas”, diz o texto.

O preço recebido pelos cafeicultores do Paraná em julho de 2023 ficou em R$ 720,90 por saca de 60 kg, sendo que em julho de 2022 foi de R$ 1.250,03, ou seja, uma queda de 42,3% em doze meses. Os atuais preços cobrem apenas os custos variáveis de produção, fator que leva os produtores a não ofertarem lotes, apostando na recuperação dos preços.

Crédito: José Fernando Ogura

Especiais
Segundo o Boletim, os cafeicultores paranaenses têm buscado cada vez mais obter maior volume de cafés especiais, de maior valor agregado, com objetivo de atender um mercado mais exigente, e conseguir melhor preço médio de venda.

“Isso exige conhecimento e cuidado no processo de pós-colheita, que inclui a separação por lotes, secagem, armazenamento e beneficiamento. Incentivando estas práticas, é realizado anualmente o Prêmio Café Qualidade Paraná”, diz o Deral.

A 32 km de Maringá, o município de Mandaguari é conhecido pela produção cafeeira, com destaque para marcas que apostem no produto especializado. Já em Marialva, cidade vizinha, hoje são cerca de 200 hectares plantados de café (em geral), principalmente na região do distrito de Santa Fé.

Os cafeicultores interessados em disputar a 21ª edição do concurso Café Qualidade Paraná devem providenciar a inscrição, gratuita, até o dia 2 de outubro, em qualquer unidade municipal do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater). Mais informações: www.cafequalidadeparana.com.br

Soja, milho e trigo
Os preços da soja, milho e trigo subiram nos mercados futuros de Chicago (EUA) logo após o ataque da Rússia aos portos ucranianos em meados de julho, mas não se sustentaram até o final do mês. Rotas alternativas e perda da participação da Ucrânia no mercado internacional fizeram com que recuassem a um patamar próximo ao praticado antes do ataque.

No Paraná, os produtores de milho receberam R$ 46,06 pela saca, valor 1,6% menor que em junho (R$ 46,83). Os triticultores tiveram o produto cotado a R$ 66,47, queda de 0,2% em relação ao mês anterior (R$ 66,34). Para a soja, a valorização foi de 6,7% e pagou R$ 127,75 em julho; em junho, estava cotada a R$ 119,68.

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