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Produção de café no Paraná representa 1% da safra nacional

Por Cristiano Monteiro Martinez
1 de agosto de 2024
Pés de café em Marialva (Crédito: Arquivo/Cristiano Martinez)

Pés de café em Marialva (Crédito: Arquivo/Cristiano Martinez)

Diferentemente de outrora, quando a produção estadual era de 21 milhões de sacas nos anos de 1960, a cultura do café no Paraná representa hoje apenas 1% da safra nacional, contra 64% no passado distante. A estimativa do Departamento de Economia Rural (Deral) para a colheita atual é de 675 mil sacas (40,5 mil t), em uma área de 25,3 mil hectares.

Segundo o Boletim Conjuntural do Café, divulgado nesta semana, a safra de 2024 foi marcada por florações uniformes, que facilitam atualmente o andamento da colheita. Ao mesmo tempo, o tempo seco que está sendo registrado desde maio ajuda nos trabalhos e com isso 76% desta safra está colhida.

No entanto, conforme o documento do Deral, essa condição de tempo, sem chuvas e com as altas temperaturas, também trouxe impactos negativos, com a presença de grãos miúdos, que têm comprometido a produtividade e mesmo as taxas de conversão de café em coco para café beneficiado. Por outro lado, os preços estão mais remuneradores nesta safra, compensando em parte a redução de produtividade e indicando uma possível manutenção da área para a próxima safra.

Quanto às exportações paranaenses, elas totalizaram 12,5 mil toneladas de café verde no primeiro semestre de 2024, superando os 5,8 mil t exportados em todo 2023. Porém, o forte das exportações paranaenses é o café solúvel, que totalizou 34,3 mil toneladas em 2023 e continua em ritmo similar neste primeiro semestre.

“Essa industrialização não ocorre exclusivamente dos cafés produzidos no estado, inclusive houve importações de café verde em 2023. Estes e outros produtos do café totalizaram a entrada de US$ 333,4 milhões no Paraná em 2023”, diz o engenheiro agrônomo C. Hugo W. Godinho, no Boletim.

VBP
Em relação ao Valor Bruto da Produção paranaense (VBP), a cultura cafeeira teve renda de R$ 562,9 milhões em 2023, equivalente a 0,3% de toda renda gerada no território estadual.

Segundo o Boletim, o Norte Pioneiro hoje é a maior região produtora do estado, e tem inclusive certificação de Indicação Geográfica. Apenas o município de Carlópolis representa 22% da produção estadual, de acordo com o VBP de 2023.

Café especial
Uma alternativa à cadeia cafeeira no Estado é o produto de maior qualidade.

“Segundo informações da Câmara Setorial do Café do Paraná, a obtenção de cafés especiais no estado representa no mínimo 10% do volume obtido, podendo se aproximar de 30%, a depender das condições da safra”, diz Godinho, explicando que a Câmara setorial, criada por lei estadual, também é um dos promotores do Concurso Café Qualidade Paraná, que chega à sua 22ª edição neste ano visando promover a melhora constante do produto colhido no estado.

Tempos do Ouro Verde
Nos tempos do chamado “ouro verde”, o Paraná produzia 21 milhões de sacas obtidas em 1,8 milhão de hectares ocupados pela cultura nos anos de 1960.

Aliás, nesse período sessentista o Estado se tornou pela primeira vez o maior produtor nacional de café, ultrapassando São Paulo. “Esses dados do Ministério da Indústria e Comércio ainda mostram que na safra de 1962 a produção cafeeira no Paraná atingiu sua maior proporção, representando 64% da produção nacional”, diz o Boletim do Deral.

Assim, ao longo dos anos de 1960/70 o Paraná manteve produção de destaque, tanto no cenário nacional quanto mundial. Mas em julho de 1975, veio uma forte geada (a “geada negra”) que mudou tudo, devastando os cafezais paranaenses e zerando a produção de café no estado em 1976.

A título de curiosidade, o documentário “Geada Negra” (2008), de Adriano Justino, aborda esse fenômeno de 1975, sentindo o impacto no campo e nas cidades paranaenses daquela época. Esse fenômeno levou a erradicação das plantações de café no estado provocando o êxodo de mais de 2,5 milhões de pessoas.

“Depois disso, o estado ainda teve participação importante na produção nacional, chegando a representar mais de 20% da safra nacional no final da década de 80, porém nunca mais liderou a produção entre as unidades federativas. Já na década de 90 a participação média foi de menos de 10%, menos de 5% nos anos 2000, menos de 3% nos anos 2010”, diz o Deral.

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Tags: CaféDeralNorteParanáSafra

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