Segunda Fase do Programa Depreciação Acelerada Terá R$ 3 Bilhões em Créditos Tributários

Tributo sobre heranças pode pesar mais,  com mudanças da Reforma  Tributária Foto: Reprodução Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O governo federal anunciou a segunda fase do programa Depreciação Acelerada, que prevê R$ 3 bilhões em créditos tributários para indústrias que renovarem seu maquinário nos anos de 2025 e 2026. O programa acelera a devolução do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para incentivar a modernização do setor industrial.

Dessa quantia, R$ 1,5 bilhão será concedido em 2025 e mais R$ 1,5 bilhão em 2026. Inicialmente, estavam previstos R$ 1,7 bilhão para 2025, mas R$ 200 milhões foram utilizados antecipadamente em 2024, reduzindo o valor disponível.

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A medida amplia o benefício para 25 atividades industriais, incluindo agora o setor automotivo e parte da indústria química, que não estavam contemplados na primeira fase. Segundo o ministro Geraldo Alckmin, a iniciativa reduz o custo médio das máquinas em até 4%, ajudando a compensar o impacto da alta da taxa Selic.

Como Funciona a Depreciação Acelerada?

Através desse programa, as indústrias podem deduzir mais rapidamente o valor da depreciação de seus equipamentos no cálculo do imposto. O abatimento, que normalmente ocorre em 15 anos, será reduzido para apenas 2 anos, conforme as regras abaixo:

Isso reduz a carga tributária no curto prazo e incentiva a modernização do parque industrial, promovendo maior eficiência, produtividade e menor impacto ambiental.

Impacto na Indústria

Na primeira fase, o programa beneficiou 374 projetos industriais, que receberam R$ 200 milhões em créditos tributários. Os setores que mais aproveitaram o incentivo foram:

Para garantir o uso correto do benefício, apenas máquinas e equipamentos novos são contemplados, e a comprovação é feita por meio da apresentação da nota fiscal de compra.

Autocertificação para Exportação ao Mercosul

Outra mudança importante anunciada foi a implementação da autocertificação da Declaração de Origem para empresas que exportam para Argentina, Paraguai e Uruguai. A partir de 1º de março, os exportadores brasileiros poderão emitir seus próprios certificados de origem, reduzindo custos e burocracia.

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Atualmente, são emitidos 600 mil certificados de origem por ano, sendo 35% destinados ao Mercosul. Antes da mudança, as empresas precisavam pagar taxas a federações das indústrias, associações comerciais e câmaras de comércio para obter a certificação.

Com essa medida, o governo espera facilitar as exportações, reduzir custos e aumentar a competitividade das empresas brasileiras no comércio regional.

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