De olho nos preços dos materiais escolares, os primeiros meses do ano normalmente trazem algumas despesas adicionais que precisam ser consideradas no orçamento familiar. Uma delas é a compra de materiais escolares. Com a aproximação do início das aulas, muitas escolas já estão entregando para os pais e alunos as listas do material que será utilizado no próximo período letivo. Com isso, começam a surgir dúvidas em relação ao tipo de material solicitado, bem como a quantidade pedida para cada item e sua utilização.
Entre as orientações presentes no material está a de que as escolas não podem impor marcas ou indicar locais para a compra dos materiais, ficando a escolha a critério do consumidor, para poder buscar os melhores preços e condições de pagamento.
Além disso, o material pedido nas listas não precisa ser entregue de uma só vez. Assim, os pais podem comprá-los na medida em que as atividades forem sendo realizadas. Isto é importante, pois além de não precisar dispor do dinheiro de uma só vez, os pais podem acompanhar o desenvolvimento de seus filhos na escola.
Para economizar nestes materiais é importante que o consumidor siga algumas dicas já bastante difundidas no âmbito da economia doméstica. “A primeira, e talvez a mais importante, é conversar com os filhos sobre a compra dos materiais, principalmente se eles forem juntos para a compra. Uma boa conversa antecipada pode evitar conflitos na loja e a compra de materiais desnecessários ou mais caros”, destaca o Professor de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Robson Luís Mori.
Outra dica importante é a pesquisa de preços dos materiais em várias lojas. Alguns materiais escolares podem variar bastante de preço de uma loja para outra. Muitas vezes, materiais no atacado são mais baratos. “Se for possível pagar à vista, negocie descontos”, acrescenta Mori.
Mais dicas
Prestar atenção no que está sendo pedido na lista de materiais;
Procurar evitar compras de materiais fora da lista e compras em cima da hora;
Se for possível, reutilizar materiais do ano anterior ou outros materiais usados, como livros.
“Desta forma, podemos dar um uso mais racional para esses materiais e aliviarmos o nosso orçamento neste começo de ano”, conclui o professor de economia.
Pesquisa de preços em Maringá
O Procon de Maringá realizou nos últimos dias 6 e 7, uma pesquisa sobre os preços dos itens da lista escolar e calculou os gastos que os consumidores terão para adquirir os produtos. Somando todos os materiais escolares nos locais com os menores preços, o consumidor gastaria R$ 856,81, enquanto nas empresas com os preços mais altos o custo poderia chegar a R$ 1.854,53. O levantamento analisou 61 itens em 10 estabelecimentos.
Os valores apontados pela pesquisa são válidos apenas para pagamento à vista, sem considerar programas de fidelidade, descontos ou promoções, e podem sofrer alterações diárias.
A maior variação no preço de itens unitáriosfoi na régua plástica de 30 cm, com diferença de 1.952% entre o menor e o maior preço encontrado. A régua de 30 cm foi encontrada por valores entre R$ 0,19 e R$ 3,90.
“A pesquisa do Procon é uma ferramenta muito importante para os pais ou responsáveis neste início de ano. Os pais podem consultar a tabela antes de realizar as compras e utilizá-la como referência para fazerem as melhores escolhas”, destaca a coordenadora do Procon Maringá, Coronel Audilene Rosa de Paula Dias Rocha.
O órgão de defesa do consumidor informou que divulgará nova pesquisa no dia 22 de janeiro.
Cartilha essencial
A Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, por meio da Coordenação Estadual de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor (Procon-PR), lançou a cartilha Dicas sobre Matrículas, Mensalidades e Material Escolar.
O secretário da Justiça e Cidadania Santin Roveda, explicou que é essencial que o consumidor saiba seus direitos e deve buscar informações sobre tudo que envolve a prestação de serviços e é dever das escolas fornecê-las. Ele informou ainda, que as escolas devem explanar de forma clara e detalhada, em quais atividades pedagógicas o material, com as respectivas quantidades, será utilizado.
Selo do Inmetro
o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) dá dicas para que os responsáveis evitem problemas, como observar a presença do selo de certificação do Instituto e as informações descritas nas embalagens dos produtos. A nota fiscal é essencial para comprovar a procedência do material e facilitar eventuais reclamações.
De acordo com a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae), o material escolar deve ficar entre 5% e 9% mais caro em 2025.