Análise: num jogo dramático, uma arbitragem desastrosa e um goleiro que está acima da média

Empate sem gol no tempo normal com o Operário leva a decisão para os pênaltis e Maringá FC vai decidir o título da temporada com o Coritiba, em jogos nesta quarta, no WD, e domingo na capital

O Maringá

 

Foram intensas as emoções para o maior público que o Willie Davids apanhou na atual temporada no último domingo, quando o Maringá FC passou pelo Operário e pela segunda vez em sua história chegou à final do Campeonato Paranaense.

No dramático primeiro tempo foi evidente a superioridade do time de Ponta Grossa. Com 10 minutos de jogo nada menos que cinco oportunidades de gol foram criadas pelos visitantes. Em três delas, intervenções milagrosas de ‘são’ Dheimison, goleiro que atinge a impressionante marca de não ter sofrido um único gol nos sete jogos que o MFC fez em casa. Justifica-se, então, a empolgação da torcida que bradou ao fim da histórica conquista o canto tradicional de ‘PQP, é o melhor goleiro do Brasil!!!’.

Mas foi também na etapa inicial que se viu a mais absurda decisão de um árbitro neste Estadual. Bola levantada da direita, Matheus Bianqui surge entre dois de zagueiros e, de cabeça, põe a bola na rede. José Mendonça da Silva Jr. anulou o tento alegando… nada. Simplesmente descontruindo o placar que se não era justo pelo maior volume de jogo dos visitantes, era legítimo, já que não houve ‘off-side’, nem toque de mão ou carga sobre os marcadores. Releitura de imagens – oficiais e as feitas por torcedores privilegiados que da sacada do edifico em frente ao estádio fizeram o registro – desautorizam a marcação de falta. Um absurdo que não passaria tivesse o jogo sob a vigilância do polêmico VAR.

Veio, então, a etapa seguinte. O técnico Jorge Castilho reorganizou seus comandados e equilibrou o confronto. As chances de marcar foram iguais e o que se viu foi um dos mais  eletrizantes jogos deste campeonato. O bom time do Fantasma, eficiente na marcação, levava em contragolpes constantes perigos para o goleiro maringaense seguir exibindo a boa forma. Foram mais três defesas das chamadas ‘impossíveis’. De novo os locais reclamaram da arbitragem, em lance que Mirandinha foi derrubado na área e José Mendonça descartou dar o pênalti.

Nas cobranças de tiros livres a partir da marca de pênalti, Felipe Saraiva, Robertinho, Anderson Ceará, Brito e Ronald foram perfeitos; perfeição repetida por Dheimison, no quarto chute dos aperarianos que ele defendeu caindo no certo lado direito. Agora é o Coritiba.

 

  1. No texto acima é qualificado de ‘mais absurda decisão de um árbitro neste Estadual’ a anulação do gol de Bianqui. Teve outra semelhantemente grave: na derrota do Cianorte para o Coritiba por 1 a 0, no jogo de ida das quartas de final, o árbitro Cristian Gorski anulou um golaço de bicicleta feito por Rodrigo Alves que empataria o confronto. A alegação foi de inexistente impedimento. A Federação Paranaense afastou ‘por tempo indeterminado’ o apitador e também o assistente Alessandro Mori.
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