Com Agência Brasil
Neste sábado (30), o Botafogo escreveu um capítulo inesquecível em sua história, conquistando sua primeira Libertadores em 120 anos. Apesar de enfrentar uma adversidade logo no início, com a expulsão do volante Gregore aos 33 segundos, o Glorioso não se abateu e venceu o Atlético-MG por 3 a 1 no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, Argentina, garantindo a taça inédita.
Essa vitória põe fim a uma longa espera por conquistas fora do cenário carioca, já que o último grande título do clube foi o Campeonato Brasileiro de 1995, liderado por Túlio Maravilha. Desde então, o Botafogo conquistou apenas cinco campeonatos estaduais e um Torneio Rio-São Paulo, mas viveu momentos difíceis, incluindo três rebaixamentos para a Série B.
A recuperação
A Libertadores marca o primeiro título desde a aquisição do clube pela Sociedade Anônima do Futebol (SAF), presidida pelo empresário inglês John Textor. O ano passado havia sido promissor, com o time liderando o Campeonato Brasileiro até o meio da competição, mas uma queda brusca de desempenho no segundo turno fez o Botafogo terminar apenas em quinto lugar.
Esse revés levou o time a disputar a fase preliminar da atual Libertadores, onde superou Aurora (Bolívia) e Red Bull Bragantino. Apesar de um começo conturbado, o Botafogo se reergueu, derrotando equipes como Palmeiras, São Paulo e Penãrol, e avançou até a grande final.
Campeão e líder do Brasileirão
A conquista da Libertadores não só coloca o Botafogo no topo do continente, mas também o credencia para dois torneios internacionais importantes. Em 11 de dezembro, o time enfrentará o Pachuca, do México, na Copa Intercontinental, disputada no Catar. Se vencer, o Botafogo enfrentará o Al-Ahly, do Egito, na semifinal, com a possibilidade de encarar o Real Madrid na final.
Além disso, o Botafogo ainda lidera o Campeonato Brasileiro com 73 pontos, três à frente do Palmeiras, com duas rodadas restantes. O título da Libertadores também garantiu ao clube uma vaga no novo Mundial da FIFA, que será realizado nos Estados Unidos em 2025, reunindo os campeões das últimas edições da Libertadores.
O Galo e a frustração
O Atlético-MG, que já havia sido derrotado pelo Flamengo na final da Copa do Brasil, novamente não conseguiu conquistar um título em 2024. Sem vitórias há 11 jogos, o time mineiro ocupa a décima posição no Campeonato Brasileiro e ainda luta para garantir uma vaga na próxima Libertadores.
O início dramático
Com menos de um minuto de jogo, o Botafogo enfrentou uma situação desafiadora. Após uma disputa de bola entre Gregore e Fausto Vera, o volante alvinegro foi expulso, deixando o time com um jogador a menos. A expectativa era de um domínio do Atlético-MG, mas o time carioca soube se organizar defensivamente.
Com apenas 22% de posse de bola, o Botafogo surpreendeu aos 34 minutos, quando Luiz Henrique, após boa jogada de Thiago Almada e Marlon Freitas, abriu o placar. Pouco depois, uma falha na defesa do Galo resultou em um pênalti convertido por Alex Telles, ampliando a vantagem.
Reação e resistência
O Atlético-MG, sob o comando de Gabriel Milito, tentou reagir com três substituições no intervalo. Logo no começo da segunda etapa, Vargas descontou de cabeça para os mineiros, mas as oportunidades seguintes foram desperdiçadas. O Botafogo resistiu à pressão atleticana, reforçando a defesa e segurando o resultado. Nos minutos finais, o Galo teve chances com Vargas, mas não conseguiu concluir.
No último suspiro do jogo, aos 52 minutos, o Botafogo fez o gol do título com Júnior Santos, que marcou após uma jogada de contra-ataque. Esse gol garantiu a vitória por 3 a 1, e o Glorioso selou a conquista histórica da Libertadores.