Hoje, 10 de fevereiro, é Dia do Atleta Profissional. Data que foi reconhecida apenas em 1998 através da Lei nº 9615 para homenagear esses profissionais. Em Maringá, o Bolsa Atleta e o Bolsa Técnico, políticas públicas municipais, ajudam a fortalecer o esporte local.
As bolsas, que são gerenciadas pela Secretaria de Esporte e Lazer, são voltadas para atletas e técnicos de modalidades olímpicas, não olímpicas, paraolímpicas e do paradesporto não olímpico, contribuindo para o desenvolvimento do esporte.
Uma das estrelas, a atleta maringaense Meg Rodrigues Vitorino Emmerich, de 38 anos, é exemplo de superação por meio do esporte. Com atrofia do nervo óptico e apenas 20% da visão, Meg é atleta de judô e uma das beneficiadas do Bolsa Atleta. “Com 15 anos conheci o judô e me apaixonei. Neste esporte, encontrei amizade, respeito, autocontrole e fortalecimento do corpo e do espírito, princípios que vou utilizar em toda a minha vida”, destaca.
Com o Bolsa Atleta, Meg Emmerich teve a oportunidade de competir internacionalmente representando Maringá e o Brasil. “O Bolsa Atleta foi fundamental para que eu conseguisse comprar a passagem e custeasse os gastos com hospedagem durante as competições. O benefício também ajudou meu marido, que foi o meu técnico durante as paralimpíadas”, explicou.
Meg Emmerich participou de diversas competições, como os jogos Pan-Americanos de 2020, em que levou o ouro. Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2021, ganhou o bronze e, no ano passado, ficou em sétimo lugar no Grand Prix da Alemanha.
Em 2024, outros maringaenses que já foram contemplados com o Bolsa Atleta em anos anteriores participaram dos Jogos Olímpicos de Paris representando o Brasil, como Renan Gallina, do atletismo, Arthur Lanci, do vôlei de praia, e Grabiela Moreschi, do handebol.
Outro participante foi o técnico de BMX Paulo Eduardo Sacchelli Saçaki. Nos Jogos Paralímpicos, participaram as gêmeas da natação, Débora Borges Carneiro e Beatriz Carneiro, e o técnico de natação André Yamazaki.
Outra beneficiada do Bolsa Atleta é Luana Saddi, de 18 anos, atleta na modalidade de xadrez. Para ela, o benefício foi fundamental para os resultados conquistados nas competições. “No ano passado eu consegui ser campeã no xadrez blitz em uma competição nacional e conquistei outras posições em outros jogos”, disse.
No ano passado, o programa contemplou cerca de 428 atletas de 46 modalidades, com bolsas anuais entre R$ 1 mil e R$ 17 mil reais. Com o Bolsa Técnico, foram contemplados 100 técnicos de 32 modalidades, com bolsas anuais entre R$ 5 mil e R$ 25 mil. No total, foram investidos R$ 3,3 milhões para desenvolvimento de atletas e técnicos.