As imagens que correram o Paraná do gramado esburacado do Estádio Regional Willie Davids, nos jogos do Paranaense 2025, podem estar com os dias contados. Uma empresa contratada pela Prefeitura de Maringá começou o serviço de manutenção do antigo tapete do WD.
Segundo o secretário municipal de Esportes e Lazer, Paulo Biazon, o gramado ficará fechado para jogos e treinamentos. Somente a pista de atletismo e outras estruturas estarão abertas durante o tempo de serviço, previsto para durar três meses.
“Nesse contrato é a troca de uma parte do gramado, onde está mais danificado. E também um tratamento fitossanitário, onde serão jogados alguns produtos químicos que vão tirar as pragas que têm no gramado e o estavam consumindo”, explica, em entrevista ao jornal O Maringá, na manhã desta terça-feira, 25 março, no Willie Davids.
Biazon diz que será feita a troca de 5% da grama. Parece pouco, mas do jeito que estava dava uma aparência visual preocupante e afetava principalmente os jogadores em campo. É como todo mundo viu “in loco”, nas arquibancadas, e também pela televisão, em jogos recentes no WD. “Em torno de 5% de grama nova para tampar as piores regiões. E onde a grama ainda está com saúde ela vai ser bem tratada”.
O serviço também inclui a adubação, que será mais pesada para acelerar o processo de enraizamento da grama, por causa dos jogos no horizonte, caso da Divisão de Acesso (Galo Maringá entre os participantes) e Terceirona (possível Grêmio de Esportes Maringá, o GEM), ambas no Paranaense; Copa do Brasil, com o Maringá Futebol Clube na briga; e Campeonato Brasileiro da Série C, também com o Dogão em campo. Além, claro de atividades esportivas de outras competições e da comunidade.

Motivo
Segundo o secretário municipal, o último tratamento no gramado do WD ocorreu entre o final de outubro e início de novembro do ano passado. Assim, ficou um período vazio por conta do encerramento do contrato de licitação, pois até fazer novo processo passou certo prazo.
Outro problema se deu com o mecanismo que espalha água na grama. Ele deixou de fechar totalmente e o líquido passou a acumular na terra, umidificando em demasia uma parte do gramado. Uma das consequências foi a morte da grama; outra foi o surgimento de pragas que consomem o local.
Biazon informa que um produto químico já foi aplicado, retirando 90% da praga.
“Foi uma sequência de problemas que gerou esse transtorno”, referindo-se à perda de grama e surgimento de buracos.

Empresa
Paulo Biazon afirma que a empresa contratada veio na última sexta-feira, 21, para avaliar o gramado do WD. Já nesta segunda-feira, 24, chegou o material; e hoje, terça, começou o trabalho com três a quatro funcionários. Os servidores do estádio vão auxiliar a empresa, que foi chamada de maneira emergencial, pois a licitação aberta foi “deserta”.
Nos próximos três meses, o serviço vai custar R$ 62 mil.
Copa do Brasil
A empresa informou que realizará a manutenção necessária para liberar o espaço para os jogos da Copa do Brasil, previstos para 30 de abril ou 15 de maio.

Grama artificial
Em alguns estádios pelo Brasil e mesmo no Paraná, os clubes de futebol têm optado por trocar a grama natural pela artificial. Acredita-se em manutenção mais acessível.
Para Paulo Biazon, no entanto, esse modelo de gramado artificial não está nos planos da Prefeitura, no momento. “A grama natural é o que os times preferem aqui do município. E o tratamento, acredito, seja até mais em conta pela grama natural. Mas a gente ainda não fez o estudo para ver se compensa a grama artificial. Vamos ver no futuro”, explica.