Conheça Manex Silva, jovem destaque do Brasil no esqui, que mira Pequim 2022

Atleta de apenas 18 anos que fechou a temporada de inverno com grandes resultados, conquista pódio em competição de Rollerski na Espanha

Brasil Manex Silva

Foto: COB / reprodução

Um jovem brasileiro de apenas 18 anos vem se destacando no esqui cross country e, mesmo muito jovem, já mira a primeira participação em Jogos Olímpicos, em Pequim 2022, que começa em 04 de fevereiro. A primeira entre os adultos, porque Manex Salsamendi Silva já representou o país nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude Lausanne 2020 e foi quem conquistou os melhores resultados na modalidade.

Mesmo competindo contra atletas de países como Argentina e Chile, Manex foi o melhor sul-americano em todas as provas disputadas, batendo todos os recordes brasileiros de pontos FIS nos Jogos Olímpicos da Juventude. Destaque para o Top 40 na prova de Sprint.

“Foi um ano difícil porque não sabíamos se haveriam corridas e se poderíamos viajar de um lugar para outro, mas, finalmente, tudo deu certo e acabou sendo uma temporada muito boa para mim”, disse o atleta de 1,79m e 72kg, que nasceu em Rio Branco, no Acre, e se mudou para a Espanha, mais precisamente para Bilbao, ainda bebê.

“Se tivesse que destacar os melhores momentos da temporada, destacaria a prova de 15K skating de Saalfelden, na Áustria, porque eu fiz uma ótima corrida, e o team sprint do Mundial da Alemanha com o Victor Santos porque foi uma grande experiência poder competir lado a lado com os melhores do mundo”.

A temporada dele ainda teve outros bons resultados. Na prova de Sprint Individual no Mundial de Ski Cross Country de Oberstdorf, na Alemanha, ele terminou na 11º colocação com 157.05 pontos FIS a apenas 0,1s (1 décimo de segundo) da classificação para as provas individuais, concedido a atletas no Top 10 da prova classificatória. O brasileiro também conquistou, em outubro de 2020, o título do Campeonato Espanhol Sub 20 de Rollerski – II Troféu da Cidade de Jaca.

Já no Campeonato Nacional Espanhol de Ski Cross Country, realizado no Valle de Belagua (Espanha), em março 2021, com o tempo de 1min57s82, Manex Silva conquistou 131.54 pontos FIS (quanto menos pontos, melhor é o resultado), o terceiro lugar e emplacou um novo recorde brasileiro no Sprint. O recorde anterior já perdurava dois anos. Um desempenho muito grande do jovem atleta.

“Fico muito feliz de poder representar o Brasil. Como fui criado fora do país, me sinto um pouco mais brasileiro por conta disso. Agora o esporte que eu mais pratico e gosto está ligado ao meu país. As coisas mudaram muito desde que eu comecei a competir com apoio da CBDN e do COB. Fiz muitos amigos brasileiros e o meu rendimento foi melhorando ano após ano e o objetivo é continuar melhorando”, contou Manex, que mostrou grande versatilidade, conquistando bons resultados tanto nas provas de Sprint quanto nas de resistência.

“Pessoalmente, eu foco mais meu treinamento nas provas de distância para ter um melhor rendimento nelas. Mas nesse último ano (2020), eu melhorei nas provas de Sprint e estou gostando dessa modalidade também”, explicou o atleta treinado por Julen Gajon e que tem como ídolos Johannes Høsflot Klaebo e Kilian Jornet.

No último dia 5 de junho, foi realizado o Troféu Zizur de Rollerski, a primeira competição da modalidade em Zizur (Espanha), organizado pela Federação Navarra de Desportes de Inverno. E Manex levou a melhor na prova de 12km com o tempo de 28min39s. Faltando menos de seis meses para os Jogos Olímpicos Pequim 2022, Manex, que ainda não tem a vaga garantida, já adicionou mais um bom resultado de olho na competição na China.

“Eu acho que tenho muitas chances de ir para Pequim, mas sei que ainda sou muito jovem e as competições serão de um nível muito maior que o que tenho agora. Estou trabalhando para melhorar. Se eu for, o meu objetivo será fazer a melhor corrida possível e chegar na meta satisfeito. Ter estado em Lausanne 2020 contribuiu muito para ir construindo meus objetivos. Participar em provas muito importantes, com público, no princípio, é difícil por conta do nervosismo. Mas, agora, depois de participar em várias corridas, estou mais preparado”.

Texto extraído no site Comitê olímpico.

Saiba mais sobre as olimpiadas.

Sair da versão mobile