Mesmo com um jogador a menos nos 17 minutos finais, o Maringá Futebol Clube goleou o Athletico por 3 a 0 em plena Ligga Arena no jogo da volta da semifinal do Campeonato Paranaense na noite desta quarta-feira, 19, e se garantiu na final da competição pela segunda vez seguida, onde vai enfrentar o Operário Ferroviário de Ponta Grossa, que conquistou a vaga ao derrotar o Londrina E.C. no Estádio do Café.
Os jogos da final devem acontecer nos dias 22 e 29, sempre às 16 horas. O primeiro jogo será no estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa.
Sem dar ao técnico atleticano Maurício Barbieri o direito de reclamar de gramado e de suposto pênalti, como fez na entrevista após o jogo da ida, em Maringá, domingo, o Maringá obteve uma das vitórias mais importantes de sua história, goleando um time do qual não ganhava havia 10 anos.
Mais do que os três gols, ainda teve o baile, inclusive com Cauã metendo bola na trave.
Time da Série C do Campeonato Brasileiro, o Maringá eliminou dois clubes da Série B, o Coritiba e Athletico, deixando a Capital sem representante na final. O Operário também disputa a Série B.
Mesmo jogando na casa do adversário, atual bicampeão paranaense, em gramado sintético e contra a torcida, o Maringá FC impôs seu jogo desde o início, levando perigo à meta do goleiro Mycael. E assim foi durante todo o primeiro tempo e, aos 45 minutos, apareceu mais uma vez o centroavante Maranhão, que marcou em todos os últimos jogos e mais uma vez abriu o placar.
Com uma cobrança de falta de Léo Ceará dentro da área, Maranhão toca de cabeça no canto baixo de Mycael e o Maringá foi para o intervalo com vantagem.

O Athletico, que passou todo o primeiro tempo correndo atrás do Maringá, voltou para o segundo tempo aplicando uma blitz, levando perigo ao gol de Dheimison, mas não aguentou muito tempo e logo o time do interior voltou a dominar o jogo, conseguindo mais posse de bola e levando perigo, inclusive com Mateus Moraes quase marcando e Cauã, que entrou no lugar de Max Miller contundido, tocando na trave, para desespero do Athélico e sua torcida.
Aos 21 minutos, em um contra-ataque, Negueba lança para Rodrigo na área, que tocou para o gol, o goleiro rebateu e Mateus Moraes fez de cabeça.
O juiz invalidou o gol, apontando um impedimento, mas o gol foi revisado pelo VAR, que comprou que o gol foi legal.
Perdendo por 2 a 0 em casa, o Athletico via sua derrocada a cada minuto que se aproximava do apito final e tudo virou desespero aos 35 minutos, quando Moraes desceu com a bola, cruzou para Maranhão que mandou para Rodrigo tocar para o fundo das redes.
O time da Capital ainda voltou a ter esperanças, quando aos 38 minutos o zagueiro Ronald Carvalho foi expulso em um lance revisado pelo VAR, mas, ainda entra as estratégias do técnico Jorge Castilho. Primeiro ele deixou o jogo ser recomeçado, quando percebeu o Athletico tentando aproveitar os poucos minutos que faltavam, parou o jogo, fez três substituições, nem tanto para mudar o time, mas para acalmar o ímpeto atleticano.
Saíram os ponteiros Negueba e Mateus Moraes, que estavam aterrorizando as linhas defensivas do time da Capital, e mais Raphinha. Entraram Robertinho, João Félix e Cristovam e assim, sem grandes sustos, a partida foi administrada até o apito final, que marcou o início da festa da torcida em Maringá.
Campeonato Paranaense 2025 – Semifinal
Athletico 0 X 3 Maringá FC
Árbitro: Lucas Paulo Torezin
Assistentes: Victor Hugo Imazu dos Santos e Andrey Luiz de Freitas
4º árbitro: Robson Babinski
VAR: José Mendonça da Silva Jr
Athletico: Mycael; Léo, Tobias Figueiredo (Isaac), Belezi, Fernando (Alan Kardec), Filipinho, Raul, Bruno Zapelli (Juliano), Luiz Fernando, Kevin Velasco
Maringá: Dheimison; Raphinha (Cristóvam), Ronald Carvalho, Tito, Max Miller (Cauã), Buga, Rodrigo, Léo Ceará (Lucas Bonifácio), Negueba (Robertinho), Moraes (João Felix), Maranhão