O Santos só empatou com o Botafogo de Ribeirão Preto na noite desta quarta-feira, 5, pela sétima rodada do Campeonato Paulista, mas na Vila Belmiro teve festa. A preocupação dos 15 mil torcedores presentes não era com o resultado, mas sim com a reestreia de Neymar 12 anos após deixar o clube para jogar na Europa.
Os torcedores aplaudiram, celebraram cada toque na bola e cantaram parabéns ao craque e aniversariante que retorna ao time vestindo a camisa 10 eternizada por Pelé.
Do banco, Neymar ouviu o torcedor reclamar com erros do time que estava em campo. Realmente, a bola não chegava aos novos companheiros do atacante, como Tiquinho Soares, Guilherme e Soteldo. Pelo contrário, quem buscou mais ações nos minutos iniciais era o Botafogo.
Neymar provavelmente gritou, junto da torcida, um “uh”, quando Rincón deu o primeiro chute do Santos. A bola subiu demais. Pouco depois, Guilherme cobrou falta no canto, mas João Carlos salvou.
A expectativa era de que Neymar jogasse 30 minutos. Aos 34 do primeiro tempo, porém, a torcida já pediu pela sua entrada. Seria um bom momento, já que Matheus Candançan revisou um lance e apontou pênalti para o Santos.
Mas não era ainda o momento de Neymar. Os torcedores pediram também que Tiquinho Soares cobrasse. O novo o camisa 9 atendeu, com seu primeiro gol pelo Santos.
Estreia em dia de aniversário
Aos 44 minutos, o jogo parou para atendimento médico. O torcedor aproveitou para cantar, mais uma vez, “Parabéns a Você” para Neymar, que faz 33 anos.
A volta do intervalo foi mais um gol, mesmo que o placar ainda estivesse 1 a 0. Neymar, sem colete, surgiu na saída do túnel. A camisa 10, oficialmente, passou a ter um novo dono. Junto dela, o jogador recebeu a faixa de capitão das mãos de Diego Pituca.
O primeiro toque na bola foi no campo de defesa, pelo lado esquerdo. Não importava. Era motivo o suficiente para que os santistas comemorassem.
Quem também pareceu não se importar com as condições da partida foi o zagueiro Alisson Cassiano. Ele chegou duro em Neymar na intermediária. A falta rendeu ameaças vindas da arquibancada. O próprio camisa 10 cobrou, mascado e na barreira. Foi aplaudido.
Ele ia para cima dos marcadores. Criava chances mal aproveitadas pelos colegas. Chegou a cair em uma dividia dentro da área, mas o árbitro nada marcou.
Aos 30 minutos, Tiquinho agiu como pivô e encostou para Neymar. Ele bateu, mas a bola foi por cima. Na sequência, com um jogador a mais, o Santos sofria para conseguir finalizar e buscar o resultado. Neymar ainda precisa melhorar e poder jogar mais tempo, além de aprimorar o entrosamento.
SANTOS 1 x 1 BOTAFOGO-SP
- SANTOS – Gabriel Brazão; Leo Godoy, João Basso (Luisão), Luan Peres (Gil) e Escobar; Tomás Rincón (Luca Meirelles), Diego Pituca e Gabriel Bontempo (Neymar); Soteldo (Thaciano), Tiquinho Soares e Guilherme. Técnico: Pedro Malta (auxiliar).
- BOTAFOGO – João Carlos; Wallison, Alisson Casiano, Ericson e Gabriel Risso; Edson (João Costa), Gabriel Bispo (Jean Mangabeira) e Leandro Maciel; Jonathan Cafu (Douglas Baggio), Silvinho (Allysson) e Alexandre Jesus (Toró). Técnico: Márcio Zanardi.
- GOLS – Tiquinho Soares, aos 37 minutos do primeiro tempo; Alexandre Jesus, aos 21 minutos do segundo tempo.
- ÁRBITRO – Matheus Delgado Candançan (Fifa-SP).
- CARTÕES AMARELOS – Diego Pituca, Tomás Rincón e Escobar (Santos) e Edson, Alisson Cassiano e Gabriel Bispo (Botafogo-SP).
- CARTÃO VERMELHO – Wallison (Botafogo-SP).
- PÚBLICO – 15.377 torcedores.
- RENDA – R$ 696.554,45.
- L.OCAL – Vila Belmiro, em Santos (SP).