“Para trás, nem para pegar impulso, diz Thiago Munhoz Cabau, presidente do Unilife Maringá

Com o menor orçamento entre todas as equipes da Superliga Feminina, o Unilife Maringá chegou à equipe do vôlei brasileiro

Thiago Munhoz Cabau, presidente do Unilife Maringá

Thiago Munhoz diz que o vôlei feminino maringaense é uma empresa e precisa ser administrado como tal Foto: Arquivo

Thiago Munhoz Cabau diz que a ascensão do vôlei feminino foi traçada passo a passo, ano a ano e o projeto era chegar aos playoffs em 2024; mas o projeto é ousado e busca posições ainda melhores no ano que vem e 2026

 

Luiz de Carvalho

 

Maringá sempre foi a referência do voleibol no Paraná e já chegou a ter um dos melhores times do Brasil quando a Cocamar Cooperativa pôs a mão no bolso e encampou as equipes Cocamar/Scepter e o Cocamar/Cyanamid, depois de trazer de Umuarama o técnico Dema [Valdemar Umbelino da Silva]. Quando passou a era Cocamar, o vôlei sobreviveu quando Dema criou a Associação Maringaense de Vôlei, a Amavôlei, que no momento é conhecida como Unilife Maringá, que está praticamente garantida nos playoffs da Superliga Brasileira de Voleibol Feminino Série A, elite do vôlei no Brasil, onde estão algumas das melhores equipes, atletas e técnicos do mundo, como Zé Roberto Guimarães e Bernardinho.

 

“Esta chegada até aqui não foi por acaso, tudo estava projetado há anos e foi executado passo a passo”, diz o presidente do Unilife Maringá, Thiago Munhoz Cabau, um profissional da área de saúde e estética, mas com forte formação e experiência em gestão.

 

Quando aceitou o desafio de fazer a gestão do Unilife Maringá – “e eu adoro um desafio”, diz ele – foram observados aspectos que precisavam ser melhorados e até profissionalizados. “Começamos o trabalho com uma visão de gestão ampliada, em que se busca um resultado sempre superior do que o anterior”.

 

 

Um time fora da quadra

 

O primeiro trabalho foi formar um time, não aquele que fica batendo bola por cima de uma rede, mas aquele time que faz todo o resto, só que fora da quadra. “As pessoas foram escolhidas a dedo, tanto para a diretoria quanto para o operacional. São pessoas que sabem do desafio, que pensam igual a gente, sabem o que estão fazendo e cada dia buscam melhorar seu trabalho um pouco mais. Este time é formado por pessoas que não precisam ser cobradas e gostam do que estão fazendo”.

 

Para o gestor, as pessoas acreditaram e vestiram a camisa do time porque o projeto é bom e o projeto só é bom de fato quando as pessoas acreditam e vestem a camisa.

 

Não posso deixar de citar o Aldori como um dos maiores e melhores técnicos de voleibol do Brasil na atualidade, grande responsável pelo nível a que chegou o vôlei de Maringá”

 

O presidente do Unilife Maringá diz que todos sonharam juntos desde o início do projeto, quando o vôlei de Maringá subiu da 3ª Liga para a 2ª, da segunda para a Primeira.

 

“Quando chegamos à Série A, a gente traçou um objetivo claro, sempre soubemos o que estávamos fazendo e onde chegaríamos. Agora a gente já sabia como funcionam as outras séries, o quanto é difícil conquistar vaga em uma série acima. Quando chegamos na Série A traçamos o objetivo de nos perpetuarmos ali, entre os primeiros, entre os melhores, não podemos cair de forma alguma. Fomos atrás de parceiros, a prefeitura se juntou a nós, o vereador Mário Verri foi um parceiro de primeira hora e muita gente abraçou o projeto”.

Unilife Maringá disputando a Copa Brasil, direito somente das oito melhores equipes do pais Foto: Fernando Teramatsu

 

Já são três anos do Unilife Maringá na série em que estão alguns dos melhores do mundo, como Flamengo, Osasco, Gerdau Minas, Praia Clube, Fluminense e agora o Unilife. “Não é fácil. Estamos com um time entre os oito melhores, no entanto somos a equipe com o menor orçamento entre todos que participaram da Superliga nos últimos anos”.

 

Somos o 12º. orçamento. Somos o time que menos tem recurso. Chegarmos onde chegamos já é uma vitória”.

 

 

Projeto agora é buscar os primeiros lugares

 

Assim como a chegada até o ponto que o Unilife Maringá chegou neste ano foi programada com anos de antecedência, agora a diretoria já programa como serão os próximos anos. “No primeiro ano passamos em 10º lugar, no segundo ganhamos uma posição acima e agora viramos o primeiro turno entre os oito, disputamos a Copa Brasil e estamos chegando nos playoffs. Agora, pra tras nem para pegar impulso, já estamos pensando em ficar entre os cinco primeiros no próximo ano e mais adiante, pode ter certeza, que buscaremos os primeiros lugares.

 

 

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